País do Carnaval é recordista em casos de depressão na América Latina

Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil é o país com maior prevalência de depressão na América Latina. Segundo dados referentes a 20015 e divulgados no fim de fevereiro, 5,8% da população, ou 11,5 milhões de brasileiros, sofrem da doença.

Depressão - Divulgação

O segundo colocado na região foi Cuba, com 5,5% de prevalência na população. O país com a menor incidência foi a Guatemala, com 3,7%.

No ranking mundial, o Brasil ocupa o terceiro lugar. A lista é encabeçada pela Ucrânia (6,3%) e seguida por Austrália e Estônia na segunda posição, ambas com 5,9%. Na Alemanha, a depressão atingiu 5,2% da população em 2015.

O Brasil também apareceu como o campeão mundial de casos de transtorno de ansiedade. Segundo a OMS, 9,3% da população brasileira (18,6 milhões de pessoas) sofria do mal em 2015. A proporção é significativamente mais alta do que a verificada na segunda posição dessa categoria, a Noruega, que registrou 7,4%.

O relatório não aborda em detalhes as causas da prevalência das doenças. Segundo a OMS, pelo menos 322 milhões de pessoas no mundo (4,4% da população) sofriam de depressão em 2015 – um crescimento de 18% em relação a 2005.

Gênero e idade

Os dados também mostram que a depressão é mais comum entre as mulheres (5,1%) do que entre os homens (3,6%). Mas os homens cometem mais suicídio do que as mulheres. A prevalência de suicídio entre homens por grupo de 100 mil habitantes é quase três vezes superior à verificada entre mulheres.

Segundo a OMS, 788 mil pessoas cometeram suicídio em 2015. O número representou 1,5% de todas as mortes registradas no mundo. Entre jovens de 14 a 29 anos, o suicídio foi a segunda causa de morte no ano.

A prevalência de depressão também varia conforme a idade. O pico é registrado entre os 55 e 74 anos. Nesse grupo, a prevalência mundial foi de 7,5% entre as mulheres, e 5,5% entre os homens.
Metade das 322 milhões de pessoas que sofriam de depressão em 2015 vivia no Sudeste Asiático e na região do Pacífico, áreas onde estão situados alguns dos países mais populosos do mundo, como China e Índia.

Já nos casos de transtorno de ansiedade, a média mundial de pessoas que sofrem do mal é 3,6%. A doença também acomete mais mulheres (4,6%) do que homens (2,6%) no mundo. No total, 264 milhões de pessoas têm transtornos de ansiedade – um crescimento de 14,9% em relação a 2005.