Países islâmicos chamam de violação decisão de Israel sobre Jerusalém

A Organização de Cooperação Islâmica (OCI) qualificou, nesta semana, de flagrante violação do direito internacional a decisão de um tribunal de Israel que advoga para que os judeus rezem no complexo da mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém.

Netanyahu - Olivier Fitoussi / Haaretz

O secretário-geral dessa entidade, Yousef A. Al-Othaimeen, refutou a decisão anunciada recentemente por um magistrado de que deve ser permitido aos judeus orar no referido local ao qual sua religião identifica como o Monte do Templo.

'Trata-se de uma perigosa continuação das violações das forças de ocupação israelenses e de suas tentativas por legalizar as políticas de judaização e os permanentes ataques violentos contra a santidade dos locais muçulmanos e cristãos', denunciou Al-Othaimeen.

Tal veredicto viola também convenções de Genebra e resoluções da ONU sobre a mesquita Al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos após A Meca e Medina, acrescentou o diretor em um comunicado emitido da cidade saudita de Jeddah, sede permanente da OCI.

Inclusive, ignora um recente acordo da Unesco que declara Al-Aqsa um lugar de culto exclusivo para os muçulmanos, prosseguiu ao advertir sobre as sérias consequências das políticas do Estado sionista que podem 'alimentar o extremismo e ameaçar em desencadear um conflito religioso'.

Na terça-feira, um juiz de um denominada Corte de Conciliação de Israel opinou que os judeus sejam autorizados a rezar no mencionado recinto na ocupada cidade de Al-Quds Al-Sharif (nome em árabe de Jerusalém) em virtude da importância que reveste para sua religião.

A OCI chamou a comunidade internacional, em particular ao Conselho de Segurança da ONU e à Unesco, a garantir a liberdade de culto e proteger a identidade islâmica e cristã da cidade santa.

Por outro lado, a entidade que aglutina 57 nações islâmicas condenou os ataques terroristas perpetrados na terça-feira pelo grupo Ansar Al-Islã de Ibrahim Malam contra duas estações policiais na província de Soum, no norte de Burkina Faso, em que dois civis ficaram feridos.