Trabalhadores franceses criticam projeto de lei defendido por Macron

Políticos e ativistas lançaram nesta quinta-feira (11) na Internet uma petição contra a reforma à Lei do Trabalho defendida pelo presidente eleito da França, Emmanuel Macron, com o fim de exercer pressão sobre o próximo presidente.

Emmanuel Macron

Com o título "Lei do Trabalho: ainda é um Não, graças", a iniciativa é uma sequência de outra solicitação similar lançada há um ano para expressar a oposição ao regulamento trabalhista impulsionada pelo governo de François Hollande.

Mais de 1,3 milhões de pessoas apoiaram na época a petição contrária a uma lei que, segundo denunciaram os trabalhadores, fragilizou os direitos e os deixou mais vulneráveis contra os mandos e desmandos dos patrões e as empresas.

Como parte de seu programa de governo, o novo presidente eleito pretende dar impulso às reformas à lei com o fim de "ir mais longe que na primeira versão", denuncia o documento divulgado nesta quinta-feira.

"O objetivo? Submeter a definição do conjunto de nossos direitos de trabalho aos acordos de empresa", questiona o texto.

A iniciativa critica também a intenção de Macron de realizar as modificações através de leis e ordens, isto é, pela força.

Com as ordens, "não há risco de moção de censura, o presidente decide só o que quer mudar ou não no código do trabalho", critica a petição.

"Senhor Emmanuel Macron, quando quer ser renovado a vida política, não se governa por ordem", indica o documento, publicado pela deputada Caroline De Haas, o jornalista François Ruffin, o líder sindical Florian Borg, entre outros representantes da sociedade civil.

Depois de resultar eleito nas eleições presidenciais, Emmanuel Macron assumirá o mandato em cerimônia oficial prevista no domingo.

De acordo com os pronunciamentos emitidos durante a campanha, o novo mandatário pretende impulsionar a reforma ao código de trabalho durante o verão, nas primeiras semanas de seu governo.