Xinhua: Iniciativa do Cinturão e Rota é apenas uma retórica política?

Em artigo publicado no site Nova China, a agência de notícias Xinhua opina sobre a iniciativa Cinturão e Rota, que teve seu primeiro foro realizado no domingo (14) e segunda-feira (15).

Cinturão e a rota

Leia abaixo a opinião da agência chinesa:

A Iniciativa do Cinturão e Rota está em destaque. Enquanto alguns comentaristas ocidentais veem isso apenas como uma retórica política, os céticos não conseguem ver os fatos.

A iniciativa é posicionada como um estímulo para a prosperidade comum em um mundo repleto de crescimento lento, encolhendo o comércio, estancando o investimento e emergindo da globalização.

Transmite os genes da antiga Rota da Seda – paz e cooperação, abertura e inclusividade, aprendizagem mútua e benefício mútuo – e, mais importante, capitaliza em redes modernas de finanças, tecnologia e logística.

A infraestrutura, a coordenação de políticas, a redução das barreiras comerciais, o apoio financeiro e o estreitamento do intercâmbio de pessoal constituem a peça central da iniciativa, que está a progredir passo a passo.

Ao longo dos quatro anos desde a sua proposta, a Iniciativa do Cinturão e Rota está ganhando parceiros por causa dos resultados tangíveis que ela produziu, não a imensidão de suas ambições.

Grandes investimentos e projetos tornaram a iniciativa uma realidade, trazendo-a muito além de apenas uma visão.

Da Mongólia à Malásia, da Tailândia ao Paquistão e do Laos ao Uzbequistão, estão sendo construídos muitos projetos, incluindo estradas de ferro de alta velocidade, pontes, portos, parques industriais, oleodutos e redes elétricas.

Melhor infraestrutura e barreiras menores garantem o livre fluxo de capital, tecnologia e pessoas, com bens, recursos e benefícios amplamente compartilhados em todos os países envolvidos.

O comércio entre a China e os países do Cinturão e Rota subiu 0,6% em 2016, em comparação com um declínio de 0,9% no comércio exterior global da China.

Empresas internacionais de países ao longo e além das rotas estão aumentando o investimento em relação à iniciativa.

Desde 2013, as empresas chinesas investiram mais de 60 bilhões de dólares nos países ao longo das rotas. O montante atingiu 14,5 bilhões de dólares em 2016 sozinho, ou 8,5% do investimento total no exterior por empresas chinesas.

No mundo dos negócios, a realidade significa o dinheiro gasto. As empresas investem porque veem oportunidades, não porque seus governos lhes pedem.

Mesmo o fundo da Rota da Seda, criado em 2014 com o apoio do fundo de riqueza soberano da China e dos bancos de desenvolvimento, procura retornos justos em seu investimento enquanto financia a Iniciativa do Cinturão e Rota. Para atender a uma demanda de financiamento enorme, o presidente Xi Jinping anunciou domingo a injeção de um adicional de 100 bilhões de iuanes (14,5 bilhões de dólares) no fundo.

Para apoiar a iniciativa, a China também vai criar novos esquemas de empréstimos no valor de 380 bilhões de iuanes e incentivar suas instituições financeiras para realizar negócios de fundos de iuane no exterior com uma quantidade de cerca de 300 bilhões de iuanes.

O impulso maciço no financiamento mostra a determinação da China para avançar o Cinturão e Rota.

Até agora, mais de 40 países e organizações internacionais assinaram acordos de cooperação com a China para avançar o Cinturão e Rota. Espera-se que mais pessoas se juntem.

Eles sabem muito bem que a iniciativa, que encoraja consultas extensas, contribuição conjunta e benefícios compartilhados, não é um jogo de soma zero, mas um caminho para o desenvolvimento comum.

É verdade que a construção do Cinturão e Rota, que liga países e regiões que representam cerca de 60% da população mundial, 30% do PIB global, bem como diferentes culturas e sociedades, não será fácil.

No entanto, como diz o ditado, "Roma não foi construída em um dia." Com ações concretas e esforços dedicados, o Cinturão e Rota gerará benefícios para todos os países envolvidos e além.