Trump pressiona membros da Otan a aumentar despesas militares

O presidente estadunidense Donald Trump reiterou nesta quinta-feira (25) em Bruxelas, durante cúpula do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan), as pressões para que os aliados do bloco aumentem suas despesas militares.

Escultura diante da sede da Otan em Bruxelas, na Bélgica

Ao inaugurar nesta quinta-feira um memorial na nova sede da Otan em Bruxelas, que lembra os obscuros ataques realizados nos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, Trump afirmou que alguns dos países membros dessa aliança transatlântica "devem enormes somas de dinheiro" ao orçamento da mesma.

Na presença dos outros 27 líderes dos países que integram essa organização, o chefe da administração estadunidense denunciou que "23 dos 28 países membros ainda não pagam o que deveriam pagar", em alusão àqueles que ainda não destinam dois por cento de seu Produto Interno Bruto para despesas militares.

Trump indicou ainda que essa organização, à qual qualificou no início deste ano de "obsoleta", deve ampliar no futuro seu enfoque sobre o terrorismo, a imigração e "as ameaças da Rússia e das fronteiras orientais e meridionais".

O secretário geral da Otan, Jens Stoltenberg, anunciou que o bloco imperialista integrará a coalizão militar liderada pelos Estados Unidos que opera na Síria voltada, segundo seus postulados, contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

Stoltenberg disse que durante a cúpula será formalizada a adesão do referido bloco ao grupo de 64 países que atuam sob a égide de Washington, ainda que tenha esclarecido que a aliança se limitará a proporcionar uma melhor plataforma de coordenação e intercâmbio de inteligência, o que "não supõe que participaremos em operações de combate".