Centrais avaliam marcha nesta segunda e debatem nova agenda de atos

As centrais de trabalhadores se reúnem nesta segunda-feira (29), às 15 horas, para avaliação conjunta do Ocupa Brasília. O encontro será na sede da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras (CTB), na região central de SP. 

Marcha Brasilia - Tiago Macambira

Participam do encontro Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Intersindical e CSP- Conlutas.

Os dirigentes também vão debater as próximas ações contra as reformas neoliberais e pela saída de Temer. Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente da Nova Central no Estado de São Paulo, diz que a união das Centrais tem sido fundamental para o sucesso das manifestações e será, cada vez mais importante, nas ações futuras.
 
"Faremos avaliação conjunta do grande ato em Brasília, dia 24, respeitando-se a visão de cada Central. Minha avaliação é muito positiva. Agora, é preciso começar a pensar numa greve geral mais ampla", afirma Luizinho.
 
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), as Centrais devem continuar com as mobilizações. "Temos que convidar os demais segmentos da sociedade a se manifestar. Caso o governo insista em manter as reformas no Congresso, vamos apontar uma data para a greve geral", afirma.
 
Segundo Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, o balanço da CTB é extremamente positivo. As Centrais assumiram o compromisso de realizar uma marcha histórica e conseguiram. Prova disso foi a resposta que o governo deu, colocando infiltrados e acionando o Exército.
 
"A reunião das Centrais deve trilhar na perspectiva da avaliação, do balanço e apresentar uma nova perspectiva. Me parece que o sentimento é de nova greve geral. Eu penso que temos que trabalhar isso, no chão de fábrica, nos locais de trabalho, esclarecendo ainda mais o trabalhador" ressalta o dirigente.
 
A expectativa é que a próxima ação do sindicalismo em Brasília ocorra já nesta terça (30), quando está previsto o início da votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.