ONU pede que Israel resolva a crise com os prisioneiros palestinos
O coordenador especial das Nações Unidas para o processo de paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, instou, nesta segunda-feira (29), Israel a resolver a crise criada pela greve de fome de mil prisioneiros palestinos. O protesto já dura quase dois meses.
Publicado 29/05/2017 17:25
Em uma sessão do Conselho de Segurança para abordar a questão palestina, ele assinalou, através de uma videoconferência de Jerusalém, que o protesto realizado em rejeição às condições de vida desses detentos deve ser resolvido em sintônía com os direitos humanos e as leis humanitárias.
De acordo com Mladenov, nos últimos dias, 60 prisioneiros em greve tiveram que ser tranportados para hospitais pela deterioração da sua saúde, e outros 600 estão nas enfermarias dos cárceres israelenses onde estão presos.
"Esta situação é um lembrete, igual a morte de seis palestinos em diversos outros incidentes, do custo humano do conflito", advertiu.
Mladenov insistiu em pedir sensatez e que se evite um maior tensionamento da crise. Segundo o coordenador da ONU, não menos preocupante é o palco na Faixa de Gaza, bloqueada por Israel desde 2007, e ainda sem recuperação da destruição gerada durante 51 dias de bombardeios por Tel Aviv no verão de 2014.
O diplomata referiu-se a deterioração humanitária nesse território de um milhão e 900 mil habitantes, que além do desemprego, das restrições de movimento e de outros fenômenos, sofre uma crise energética sem precedentes, traduzida em apenas quatro horas ao dia com serviço de eletricidade.
Mladenov pediu às facções palestinas Fatah e Hamas que deixem de lado suas diferenças e trabalhem unidas em função da melhoria da situação em Gaza.