Vigília contra violência no campo acontece nesta quarta em Belém (PA)

A vigília será nesta quarta-feira, às 17 horas, em frente às sedes do governo e judiciário. É a primeira de uma série de ações definidas pelo Comitê Paraense de Combate à Violência no Campo.

Por Fátima Gonçalves

violência no campo

A vigília também vai marcar a passagem dos sete dias do massacre de 10 agricultores no município de Pau D’arco, no sudeste paraense, a quase 700 quilômetros da capital. “É uma forma de mostrar que estamos vigilantes e exigimos justiça”, observou Ulisses Manaças, liderança nacional do MST. Outras vigílias e atos devem ocorrer, ao mesmo tempo, em outras grandes cidades do estado, como Santarém, Marabá, Altamira e Parauapebas.

Além das vigílias, outras ações serão desenvolvidas nos próximos dias e foram definidas ontem (29), durante a primeira reunião do comitê após o massacre da fazenda Santa Lúcia. A ideia é continuar denunciando para o Brasil e o mundo a grave situação da escalada de violações dos direitos humanos contra os lutadores e lutadoras do campo e seus defensores.

Por isso, outra decisão tomada foi a realização, no próximo dia 19 de junho, em Belém, de um grande seminário, no auditório do Sindicato dos Bancários, seguido de um ato público, ambos de caráter nacional, com a presença de personalidades políticas, artistas, intelectuais, religiosos e militantes dos direitos humanos.

Os integrantes do comitê ainda prometem intensificar o pedido de federalização das investigações para garantir a segurança e a isenção necessária para a elucidação dos assassinatos. Com a federalização, a competência de investigar e julgar os crimes passa a ser responsabilidade para a Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) e a Justiça Federal.

Outra postura que será adotada é enfrentar a guerra de comunicação e disputar a narrativa dos acontecimentos nas mídias sociais e alternativas para fazer frente a alguns parlamentares, comunicadores e grupos de policiais que estão incentivando a violência e criminalizando os trabalhadores assassinados.