Movimentos e organizações da América Latina declaram apoio à Venezuela

Centenas de representantes de movimentos e organizações sociais, intelectuais e personalidades democráticas de 12 países da América Latina e do Caribe reuniram-se na Cidade do México, às vésperas da 47ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que começou nesta segunda (19), para declarar apoio à Venezuela.

Povos pela paz na Venezuela - Divulgação

Os trabalhos da OEA se iniciam com uma Reunião de Consulta de Ministros de Relações Exteriores sobre a Venezuela, quando o secretário-geral da entidade, Luis Almagro, pretende encaminhar para que seja aprovada, durante os trabalhos da 47ª Assembleia Geral, a aplicação, contra a Venezuela, da chamada “cláusula democrática”, uma espécie de censura pública contra o país, ardentemente desejada pela oposição da Venezuela, pelos EUA e pelo monopólio midiático pró-imperialista.

A reunião de solidariedade à Venezuela foi um grande acontecimento político que denunciou de forma veemente o apoio da OEA à intentona fascista da direita venezuelana, desnudou o caráter servil desta organização e expressou um firme apoio à revolução bolivariana. O evento foi denominado de “Encontro dos Povos pela Paz, a Soberania e o Futuro” e reuniu, além do país anfitrião e da própria Venezuela, representantes da Bolívia, Brasil, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Peru e República Dominicana.

O representante brasileiro foi o jornalista José Reinaldo Carvalho, Secretário de Política e Relações Internacionais do PCdoB. Em sua fala, José Reinaldo denunciou que a reunião da OEA “que se celebra em Cancún pretende preparar o ambiente para a intervenção externa, com a cumplicidade de governos reacionários da região, entre eles o governo golpista de Michel Temer. As forças progressistas brasileiras, convencidas de expressar os sentimentos profundos de nosso povo, respaldam os esforços que o presidente Nicolás Maduro está fazendo para pacificar o país através do diálogo e da busca de saídas políticas que salvaguardem e levem ainda mais adiante as conquistas da Revolução bolivariana”.

A declaração final do Encontro denunciou duramente Luis Almagro, pela “atitude lacaia do Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos que se converteu em porta-voz e representante permanente da oposição venezuelana no âmbito da OEA”. Também apontou a hipocrisia da OEA que “foi peça fundamental para a implementação do ‘macartismo’ em nossa região, perseguindo, sabotando e conspirando contra os regimes populares e de cunho progressista”. Para os movimentos sociais latino-americanos a OEA “converteu-se com o passar dos anos em um instrumento para a desintegração política, social e econômica da região latino caribenha, que não representa os interesses legítimos dos nossos povos e que, pelo contrário, tornou-se uma espécie de Tribunal da Inquisição, a serviço do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América”.

Durante o Encontro reuniram-se também centenas de entidades e organizações dos movimentos sociais do México que, além de subscreverem a Declaração Final, fizeram uma resolução própria das organizações mexicanas, onde expressam e “manifestam o mais vigoroso e inquestionável apoio à Revolução Bolivariana, seu governo e, em especial, ao glorioso povo venezuelano”.

Leia os documentos na íntegra no portal Resistência.