Centrais fazem vigília em Brasília contra reforma trabalhista 

Nesta terça-feira (27), a partir das 6h da manhã, no aeroporto de Brasília, começa a agitação contra a reforma trabalhista. A intenção das centrais é abordar os parlamentares que chegam na capital federal para afirmar a posição dos trabalhadores e trabalhadoras contra a proposta de supressão dos direitos da classe trabalhadora e ataque a organização sindical.

CTB no aeroporto de brasilia contra reformas

Equipes de dirigentes sindicais estão sendo mobilizadas para permanecer no aeroporto, enquanto outros sindicalistas irão para o Senado conversar com os senadores, em especial, os membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para que votem contra a proposta do Planalto.

O PLC 38/2017 da reforma trabalhista chega a uma fase crucial da tramitação no Senado. O tema chegou a Comissão de Constituição e Justiça e o relatório de Romero Jucá (PMDB/PE) foi lido na última quarta-feira (21).

O relatório apresentado pelo líder de Temer no Senado, senador Jucá, deveria analisar a constitucionalidade do tema, mas fez uma abordagem de análise de mérito, contrariando o seu papel na CCJ e tentando impor sua agenda que pretende rasgar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Com a pressão dos parlamentares da oposição, garantiu-se que nesta terça-feira (27) durante todo o dia, serão realizadas duas audiências públicas, uma pela manhã e outra pela tarde, com o intuito de ouvir especialistas em legislação constitucional, para avaliarem o PLC 38. A votação está prevista para acontecer na quarta-feira (28) na CCJ. O seguimento será a votação no Plenário da Casa.

Rejeição ao PLC 38/2017 é de 95,78%

A página do Senado Federal, através do e-Cidadania, realizou uma consulta pública. Até a última sexta-feira (23), a página computava uma imensa rejeição a reforma trabalhista. Votaram 135,2 pessoas. Destas, 129,5 mil (95,78%) se manifestaram contra a proposta de Temer. Somente 5,7 mil (4,22%) votaram favoráveis ao PLC 38.

Eco no Senado

A votação do tema na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), quando a oposição e os trabalhadores impuseram uma derrota a Temer, demonstra que a força da classe trabalhadora, vinda das grandes manifestações, pode ecoar no Congresso Nacional, para derrubar a reforma trabalhista, tanto na CCJ, quanto no Plenário.

Por isso, a vigília no Senado, a pressão aos senadores nos estados para convencê-los a votar em favor da classe trabalhadora e denunciar os parlamentares que se posicionam contra os trabalhadores e trabalhadoras é fundamental.

Empenhar todos os esforços para realizar uma gigantesca greve geral do dia 30 de junho é tarefa prioritária para que a voz da classe, advinda das ruas, ecoem no Congresso Nacional e derrubem a reforma que pretende acabar com direitos trabalhistas.