Centrais, Frentes e movimentos fortalecem protestos do dia 30 de junho

No dia 30 de junho as centrais sindicais vão parar o Brasil. Esse foi o mote de nota divulgada por nove centrais que participam do dia de atos, greves e paralisações nesta sexta-feira (30). Ao lado das representantes dos trabalhadores, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e integrantes dos movimentos sociais, reforçam os protestos contra as reformas trabalhista e previdenciária do governo ilegítimo de Michel Temer. 

contra reforma da previdencia - Rovena Rosa/ Agência Brasil

"O sucesso do dia 28 de abril já aconteceu muito por conta da participação das Frentes e o dia 30 de Junho será mais importante. Os sindicatos farão as paralisações, vão ter atividades matinais e atos na parte da tarde chamados pelos movimentos sociais", destacou o presidente Nacional da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas.

Para o Coordenador do MST, que faz parte da FBP, João Paulo,este é o momento extremamente importante para ir às ruas para barrarmos estes retrocessos impostos aos trabalhadores pelo governo ilegítimo de Michel Temer e seus aliados.

João Paulo, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) destacou o caráter estratégico dos protestos pela rejeição da reforma trabalhista. "Os movimentos populares se unem com as centrais sindicais para garantir que no próximo dia 30 possamos parar o Brasil e arquivarmos de vez essa Reforma Trabalhista, que pode ser votada a qualquer momento no Senado".

A reforma trabalhista ou Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38 segue nesta terça-feira (27) sendo debatida na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ). O presidente da Casa, senador Eunício Oliveira, afirmou que em caso de aprovação na CCJ, vai encaminhar ao plenário em regime de urgência.

Para o presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, “pressão e vigília” são fundamentais. “Esse trabalho, aliado à mobilização das ruas e aos protestos em Brasília serão decisivos na luta contra essa reforma trabalhista que só retira direitos”, observa o dirigente, lembrando a série de manifestações que vêm sendo realizadas como responsáveis por fragilizar a base do governo no Congresso – como os atos de 8 e 15 de março, da greve geral de 28 de abril e do Ocupe Brasília, em 24 de maio – eventos que envolveram centrais e movimentos sociais.

Bancários e Metroviários de São Paulo rumo à greve

Os bancários de São Paulo se reuniram nesta segunda (26) em assembleia e decidiram, por unanimidade, paralisar as atividades fortalecendo os protestos das centrais sindicais e das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. "Contra o desmonte de todos os direitos dos trabalhadores, vamos participar desse dia de luta, paralisações e mobilizações, que é a greve geral", afirmou Ivone Silva presidenta eleita do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, que toma posse em 8 de julho.

Na próxima quinta-feira (29), acontecerá nova assembleia dos metroviários de São Paulo contra as reformas Trabalhista e da Previdência Social. Wagner Fajardo, da diretoria do sindicato dos metroviários, declarou ao Portal Vermelho que a diretoria da entidade está firme em direção à greve. “Vamos fazer de tudo para que a greve se efetive porque acreditamos que só com a luta é que conseguiremos amenizar essa hegemonia do empresariado e do capital no congresso nacional”.