“Golpe em 2016 e farsa das elites em 2017”, afirma Dilma nas redes
Por meio das redes sociais, nesta sexta-feira (7), a presidenta eleita Dilma Rousseff, sem citar nomes, comentou as especulações em torno de um possível afastamento de Michel Temer (PMDB), por conta da denúncia da Procuradoria-Geral da República por corrução passiva, e a manobra dos aliados golpistas em direção a uma eleição indireta.
Publicado 07/07/2017 14:27
“Desde [Karl] Marx sabemos: a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. Golpe 2016: tragédia. 2017: farsa das elites”, escreveu Dilma. Desde o processo de impeachment, Dilma defendeu a realização de eleições direitas como saída.
Durante ato de cerimônia de posse da nova presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), na quarta-feira (5), Dilma apontou os efeitos provocados pela crise política.
“Hoje é um fato que houve um golpe no Brasil e que o arranjo que sustentou esse golpe caminha a passos largos para terminar. E nós devemos estar extremamente atentos nesse momento”, afirmou.
“A história está sendo severa e implacável para com os líderes do golpe. [O senador] Aécio [Neves] (PSDB-MG), Temer, [o ex-deputado federal Eduardo] Cunha (PMDB-RJ) e todos aqueles que usaram o impeachment para destruir direitos sociais, para estancar a sangria, e para ao mesmo tempo implantar em nosso Brasil todo o processo de desconstrução dos direitos que nós tínhamos deixado como legado”, declarou Dilma.