Venezuela acusa Colômbia e México de conspirar com CIA contra Maduro

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Samuel Moncada, acusou nesta segunda-feira (24) os governos da Colômbia e do México de trabalhar com a CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) para derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Samuel Moncada - Divulgação

“O chefe da CIA assegura que trabalha com Colômbia e México para derrubar o governo democrático da Venezuela”, escreveu Moncada em sua conta oficial do Twitter.

O ministro publicou um fragmento de suposta transcrição de uma conversa entre a diretora-executiva da consultoria venezuelana Asymmetrica, Vanessa Neumann, e o diretor da CIA, Mike Pompeo, na qual o agente destacou o interesse norte-americano em garantir que a Venezuela seja um país “estável e democrático”.

“Cada vez que temos um país tão grande, e com a capacidade econômica de um país como a Venezuela, os Estados Unidos têm profundos interesses em garantir que o país esteja tão estável e democrático quanto seja possível”, disse o diretor da CIA.

No documento divulgado, Pompeo afirma que tem realizado reuniões no México e na Colômbia sobre o assunto. “Acabo de estar na Cidade do México e em Bogotá na semana passada falando sobre este tema precisamente; tentando ajudá-los a entender as coisas que poderiam fazer para alcançar melhores resultados para o seu canto do mundo e nosso canto do mundo”, diz o diretor da CIA segundo o texto.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse recentemente que iria impor novas sanções econômicas contra a Venezuela se Maduro seguisse adiante com sua decisão de realizar a Assembleia Nacional Constituinte.

Nesta semana, a oposição venezuelana pretende realizar mais uma série de protestos, às vésperas das eleições para a Constituinte, agendadas para o próximo domingo (30). Na quarta e quinta-feira, a oposição prometeu realizar uma greve geral de dois dias.

A embaixada norte-americana na Venezuela recomentou aos cidadãos dos EUA evitar as manifestações e acompanhar o desenrolar dos acontecimentos, segundo outro documento publicado por Moncada. “A Embaixada dos EUA anuncia outra onda de violência que depois defende na OEA [Organização dos Estados Americanos] como manifestações pacíficas”, escreveu o chanceler.