Oposição quer "destruir" manobra para barrar denúncia, admite Temer

Após várias manobras do governo, ihnclusive a troca de titulares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) fabricando um relatório que rejeita a denúncia da Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva, Michel Temer disse nesta terça-feira (1º/8), que a oposição quer "destruir" o parecer que salva sua pela.

Temer assinatura medicina - Alan Santos/PR

Tentanto criar uma agenda positiva, Temer realizou uma cerimônia para anunciar 11 novos cursos de medicina, que contrasta com o corte de verbas do governo que já provocou a paralisação dediversos serviços e pesquisas em universidades em todo o país.

Ao final da cerimônia, Temer conversou com os jornalistas e disse estar confiante que a Câmara vai barrar a denúncia, mas reconheceu que sentiu o baque, diante das dificuldades que enfrenta para ter o quórum para votar a denúncia. 

"Quem tem que votar são os que querem destruir aquilo que a CCJ decidiu", afirmou Temer, tentando empurrar a responsabilidade do quórum para a oposição. "A CCJ já decidiu. Não há autorização. Agora é o plenário", completou. 

Na CCJ, o relatório inicial do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) pedia o prosseguimento da denúncia, e a votação seria apertada, mas com grande possibilidade de aprovação do parecer. Contudo,Temer manobrou com a troca de membros e a liberação de verbas de emendas parlamentares para garantir os votos que derrubassem o parecer de Zveiter e aprovasse um nova texto rejeitando a denúncia. Este parecer, que deverá ser votado nesta quarta (2)pelo plenário, é do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG).

Caso 342 deputados decidam pelo prosseguimento da denúncia, o caso irá para o pleno do Supremo Tribunal Federal. Se a maioria dos ministros da Corte aceitarem a denúncia contra Temer, ele torna-se réu e é afastado da Presidência até a finalização do julgamento, ou no máximo seis meses. O STF ainda investiga o presidente por organização criminosa e obstrução de Justiça.