Vice-presidente dos EUA reitera ameaças contra a Venezuela
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, ameaçou, nesta quarta-feira (23), impor novas sanções à Venezuela como parte da pressão de seu país sobre a nação sul-americana.
Publicado 24/08/2017 18:19
Sob a administração do presidente Donald Trump, os Estados Unidos emitiram três rodadas de sanções contra o líder venezuelano Nicolás Maduro e seu círculo próximo (funcionários, ex-funcionários e outros). “E há mais por vir”, ameaçou.
Pence fez tais observações durante um discurso aos imigrantes venezuelanos na Igreja Católica de Nuestra Señora de Guadalupe em Doral, no sul da Flórida, onde foi acompanhado pelo governador, Rick Scott, e vários congressistas.
Na semana passada, o vice-presidente percorreu a Colômbia, Argentina, Chile e Panamá, e naqueles países instou a manter a pressão internacional contra a administração de Maduro e a Revolução Bolivariana.
Pence declarou que os Estados Unidos continuarão a tomar todas as medidas do seu poder econômico e diplomático até que na Venezuela seja restaurada o que Washington considera como democracia, ignorando o governo legitimamente eleito de Maduro.
“Nossa resolução é inabalável, nossa convicção é clara”, disse o vice-presidente com o tom intervencionista que repetidamente foi rejeitado por Caracas, cuja exortação é manter relações baseadas no respeito pelas diferenças.
Além disso, Pence reiterou que “temos muitas opções para a Venezuela”, o que é semelhante aos pronunciamentos de Trump, que no dia 11 de agosto mencionaram até a opção militar contra a Venezuela.
Diante da posição de Washington, Maduro ratificou ontem sua política baseada no diálogo tendo como essência o respeito a diversidade.
“Acreditamos no poder da palavra, da diplomacia, do direito internacional, mas com base no respeito às diferenças”, Maduro disse a repórteres da imprensa nacional e estrangeira no Palácio de Miraflores (sede do governo).
Por outro lado, Maduro referiu-se à Assembleia Nacional Constituinte, eleita por mais de oito milhões de venezuelanos em 30 de julho, como garantia do direito de proteção à paz e à segurança de seu país.