Depois de Cuba, furacão faz estrago na Flórida

O poderoso furacão Irma, cujo olho chegou na manhã deste domingo (10) às ilhotas da Flórida, deixou sem fornecimento elétrico mais de 800.000 casas e escritórios no estado, informaram as autoridades. Meios de comunicação norte-americanos informam que pelo menos três pessoas morreram na Flórida como consequência do desastre natural.

furacao

Por volta de 9h (horário local, 10h de Brasília) 825.323 clientes das companhias fornecedoras de serviços de energia estavam sem eletricidade, o que equivale a 8% do total, segundo o Escritório de Gestão de Emergências da Flórida.

O condado mais afetado é Monroe, onde ficam as ilhotas e uma parte da costa do sudoeste, onde 76% dos lares não contam com fornecimento, no momento em que o Irma ainda impacta essa parte do estado com seus ventos máximos constantes de 215 quilômetros por hora.

Outro dos condados afetados é Miami-Dade, o mais povoado da Flórida, com quase meio milhão de imóveis a escuras, 42% do total.

Broward, onde se encontra Fort Lauderdale, e Madison, ao norte do estado, são outros dos condados mais atingidos pelos cortes de eletricidade.

Após deixar Cuba no sábado (9), o olho do furacão Irma, de categoria 4, alcançou hoje as ilhotas da Flórida com ventos que rondam 215 quilômetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA.

Irma, que deixou pelo menos 25 mortos e consideráveis danos materiais no Caribe, se encontra a 30 quilômetros ao leste-nordeste de Key West e se desloca a uma velocidade de 13 quilômetros por hora.

Durante o dia de sábado, Irma avançou lentamente ao longo da costa norte de Cuba, provocando danos avultados, revelaram as autoridades, segundo as quais não há registo até ao momento de qualquer vítima mortal – antes da chegada do furacão o Exército retirou milhares de pessoas das zonas mais expostas, levando-as para abrigos.

Ainda assim, da província de Ciego de Avila, no centro do país, a Havana, as rajadas de vento arrancaram árvores, postes de iluminação e telhados ao longo de centenas de quilómetros, enquanto as poderosas ondas, acompanhadas pela subida do nível do mar e as fortes chuvas deixaram vastas zonas inundadas, adianta a agência AP.

Fotografias de Havana mostram o famoso Malecón fustigado pelas ondas e ao final do dia de sábado as ruas da zona mais baixa da capital estavam alagadas, havendo relatos de que a água entrou 600 metros pela cidade adentro. As autoridades alertam que o nível das águas poderá demorar mais de um dia a baixar.

Este foi o primeiro furacão que que alcançou a categoria 5 a atingir Cuba desde 1932 – uma ilha que se preza pelo seu grau de preparação para catástrofes deste género.