China expressa sua oposição ao comunicado dos EUA na OMC

O Ministério do Comércio da China expressou “fortes insatisfações e uma firme oposição” ao comunicado dos Estados Unidos à Organização Mundial do Comércio (OMC), que se opõe a conceder à China status de economia de mercado

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Os chineses buscam, na União Europeia, serem reconhecidos como uma economia de mercado; uma designação que levaria a uma redução dramática dos impostos antidumping sobre os produtos chineses ao proibir o uso de comparações de preços com outros países.

Os EUA e a UE usaram como argumento o forte papel do Estado na economia chinesa, incluindo a concessão de subsídios "desenfreados", o que significaria que os preços internos são profundamente distorcidos e não são determinados pelo mercado. Contudo, Liang Guoyong, diretor de assuntos econômicos da Divisão de Investimento e Empresa da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, defendeu que o "status de economia de mercado" é considerado como uma questão de direito interno de integrantes da OMC. Para ele, o veto aparentemente contradiz as regras comerciais multilaterais e também quebra os compromissos e promessas internacionais de alguns países.

O comportamento seria uma tentativa planejada nos EUA de proteger seu comércio com relação à China e representa uma parte de seus esforços para conter o crescimento do país asiático. De acordo com a Administração Geral das Alfândegas, as exportações da China para os Estados Unidos nos três primeiros trimestres aumentaram 18,7% em relação ao mesmo período de 2016, e o superávit comercial da China com os Estados Unidos nos primeiros 10 meses expandiu 7,3% para chegar a US $ 225 bilhões de dólares.

O crescimento robusto das exportações da China para os EUA e o superávit comercial considerável podem ser um catalisador para que a administração Trump mantenha uma posição difícil em relação a China. Por outro lado, o país de Xi Jinping estabeleceu e melhorou continuamente seu sistema de economia de mercado, que obteve reconhecimento mundial. Até agora, mais de 80 economias reconheceram a China como uma economia de mercado.