Alice Portugal denuncia ‘julgamento venal’ de Lula e conclama unidade
A líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, deputada Alice Portugal, criticou a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª região, em Porto Alegre (RS), que manteve a condenação do ex-presidente Lula e aumentou a pena a ele atribuída, na última quarta-feira (24/01). Para a parlamentar, é visível que a decisão do Tribunal, em unanimidade, “abandona a tese do bom direito, do direito imparcial, da magistratura garantindo a justiça cega”.
Publicado 25/01/2018 19:58 | Editado 04/03/2020 16:14
A deputada ainda lembrou do baiano Ruy Barbosa, considerado um dos maiores juristas do país, e da tese defendida por ele de que “é necessário ter olhos de ver”, ao denunciar o que, para ela, foi julgamento político. “Ao invés de olhar para os autos, o tribunal se transformou em um tribunal venal, parcial, político, porque Lula foi julgado politicamente. Se os autos fossem verificados, seria indubitável a sua inocência porque, de fato, não há provas”, defendeu.
Alice esteve em Porto Alegre acompanhando o julgamento, junto a diversas lideranças do Brasil inteiro, e participou dos atos em defesa do ex-presidente, durante todo o dia. Segundo ela, mesmo com a derrota no TRF 4, é preciso continuar as mobilizações em defesa do direito de Lula ser candidato, e criar “uma frente política ampla para derrotar as intenções e ações do golpe”.
“Para acima das candidaturas, está a democracia brasileira. É necessário que todas as forças estejam imbuídas naquele objetivo de garantir a unidade popular e democrática no Brasil”, afirmou a líder comunista. Alice lembra que ainda cabem recursos ao processo e que a luta prossegue em todos os espaços, mas, principalmente, nas ruas.
“Vamos enfrentar nas ruas, republicanamente, pacificamente, mas rebelde nos argumentos e nas ideias, essa intenção de condenar Lula até o fim”, conclamou.
De Salvador,
Erikson Walla