Continuam os ataques na região de Guta Oriental, na Síria

Novos ataques áreos ocorreram na região de Guta Oriental, principal área controlada pelos rebeldes nos arredores de Damasco, na Síria. As mortes ocorreram após o lançamento de dois barris de explosivos por parte de helicópteros contra a cidade de Kafr Batna. Houve feridos nesta região, além de Arbín, Ain Tarma e Saqba

ataques em Guta Oriental, na Síria

Segundo a EBC, o observatório acusou as forças aéreas síria e russa, bem como a artilharia do governo, pelos ataques.

“Os civis estão sendo massacrados”, denuncia o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad al-Hussein. Cerca de 350 pessoas morreram e mais de 800 ficaram feridas apenas nos últimos dias.

Organizações humanitárias internacionais como a Cruz Vermelha e o Programa Alimentar Mundial apelaram por um cessar-fogo urgente. O apelo foi feito pelo secretário-geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, que descreve a situação no terreno como a de um “inferno na Terra”.

As organizações humanitárias afirmam que há habitantes feridos que estão morrendo apenas porque não recebem tratamento a tempo. A entrega de alimentos e medicação na zona foi suspensa, uma vez que não está garantida a segurança dos funcionários e voluntários internacionais.

O governo sírio, que tem em curso uma ofensiva contra os extremistas da Al-Nusra em Gouta Oriental, na província de Damasco, defendeu o seu direito "a defender os seus cidadãos, a lutar contra o terrorismo e a confrontar aqueles que o financiam", e exigiu das Nações Unidas uma condenação "imediata e firme" dos ataques terroristas que ocorrem na região. Em carta dirigida na terça-feira (20) ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e ao Secretário-Geral desta organização, o Ministério sírio das Relações Exteriores denunciou a "grave escalada" nos ataques de grupos armados terroristas localizados em Gouta Oriental a Damasco, afirmando que, em poucas horas, esses grupos lançaram mais de 40 ataques contra a capital do país e as zonas rurais circundantes. Essas ações, segundo o documento, citado pela agência Sana, provocaram a morte de seis pessoas e deixaram feridas 29, além de causarem danos em áreas residenciais, escolas, hospitais e outros estabelecimentos públicos, e ainda em sedes de missões diplomáticas.

O ministério Sírio afimrou ainda que o aumento da violência terrorista ocorre em um momento em que responsáveis ocidentais "fazem campanhas que só podem ser classificadas como apoio direto aos terroristas", considerando-os "cúmplices dos crimes dos terroristas contra civis inocentes", como em Alepo.