Italianos vão às urnas neste domingo em eleição disputada

Os italianos vão às urnas neste domingo (4) para escolher deputados e senadores que irão compor o Parlamento em um cenário marcado pela ausência de favoritos, por eleitores indecisos e por um panorama político fragmentado.

Eleições na Itália - Reuters

As urnas abriram às 7 horas da manhã (horário local, 03 horas em Brasília) e fecham às 23 horas (19 horas em Brasília). Ao todo, 46,6 milhões de italianos são esperados para participar do pleito. O resultado deve ser divulgado na segunda-feira (04/03).

Serão escolhidos 618 deputados, 309 senadores e 18 deputados estrangeiros. Três forças principais disputarão a maioria desses cargos: a coalizão de direita, liderada pelo Força Itália (FI), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, o Partido Democrático (PD), coligação de centro-esquerda do também ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, e o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E), liderado por Luigi Di Maio.

Pesquisas de intenção de voto indicam que a coligação formada por Berlusconi pode conquistar cerca de 36% dos votos, número que lhe daria mais assentos que os demais grupos que disputam lugar no Parlamento, mas não a maioria absoluta.

Por conta de uma condenação por fraude fiscal, Berlusconi não poderá assumir nenhum cargo público até 2019. Desta forma, caso a aliança do ex-premiê vença as eleições, o ex-presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, deve assumir o governo.

No entanto, por conta de acordos internos da coligação, caso a maioria dos votos de direita fiquem com o partido anti-imigração Liga do Norte, quem assumirá o cargo será Matteo Salvani.

Caso vença a coalizão de centro-esquerda, Renzi será automaticamente o candidato a assumir o cargo. No entanto, Renzi não possui tanta aceitação quanto o atual primeiro-ministro do país, Paolo Gentiloni. De acordo com as últimas pesquisas, a coalizão de centro-esquerda possui cerca de 23% das intenções de voto.

Já o M5E, apareceu nas últimas pesquisas com 27,8% das intenções– índice que também não é suficiente para que o partido governe sozinho.

Desta forma, fica em aberto a possibilidade de que nenhum bloco consiga a maioria absoluta. Caso isso ocorra, o país deverá manter Gentiloni no posto de premiê e novas eleições poderão ser convocadas.