Atriz no palco e na vida, Tônia Carrero atuou na luta pela democracia

A atriz brasileira Tônia Carrero morreu no último sábado (3), aos 95 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de uma parada cardíaca. Com 54 peças, 19 filmes e 15 novelas ao longo da carreira, ela também protagonizou a luta pela contra a ditadura militar no Brasil.

Tonia Carrero - Divulgação

Na emblemática imagem da passeata dos Cem Mil, realizada em junho de 1968 no Rio de Janeiro, a atriz é uma das mulheres que aparecem com destaque. Ela, além ,Eva Todor, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell usaram sua influência para combater a repressão.


Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell

Destas, apenas Eva Wilma está viva. As demais, deixaram um legado de irreverência, além do imenso talento que encantou os brasileiros nos palcos, na TV e no cinema.

Tônia Carrero nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de agosto de 1922, e foi batizada como Maria Antonietta de Farias Portocarrero. Consagrou-se no teatro, cinema e televisão.

Sua estreia no palco foi com a peça Um Deus dormiu lá em casa , no Teatro Brasileiro de Comédia, em São Paulo, ao lado do ator Paulo Autran, com quem mais tarde dirigiram uma companhia de teatro.

Na TV, ficou conhecida na década de 1980 no papel da personagem Stella Fraga Simpson, da telenovela Água Viva , do autor Gilberto Braga. No cinema, fez diversos filmes, como Tico-Tico no Fubá e É proibido beijar.

Seu último trabalho na televisão foi na telenovela Senhora do Destino, em 2004. Em toda sua carreira integrou 54 peças, 19 filmes e 15 novelas.

Ela é classificada pelo projeto Brasil Memória das Artes, da Funarte, como “diva e dama” e “referência de beleza, inteligência e talento na história do teatro brasileiro”.