Quebra de sigilo de Temer aumenta desgaste, avaliam assessores

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilo bancário de Michel Temer, no âmbito do inquérito que o investiga por supostas irregularidades na edição do chamado "Decreto dos Portos".

temer - Rafaela Felicciano/Metrópoles

De acordo com o colunista Valdo Cruz, do G1, assessores de Temer avaliam que a medida derruba a estratégia de tentar reduzir a rejeição de Temer – que chegou a ter apenas 3% de aprovação.

Para eles, a decisão de Barroso abre um novo processo de desgaste na imagem do golpista e será difícil reverter, pois o impacto imediato será negativo porque a população vai acabar relacionando a medida às denúncias enfrentadas no ano passado pelo presidente na Câmara dos Deputados.

“Num primeiro momento, haverá mais desgaste. Depois, quando o próprio Temer divulgar seus dados bancários, conforme prometeu, ele conseguirá estancar esse processo. Mas o estrago já estará feito”, avaliou um assessor ao colunista.

Ainda de acordo com os assessores, a medida deixa o governo na defensiva num momento em que buscava barganhar o espaço para as eleições de outubro. Especulações dão conta de uma aproximação de Temer com o tucano Geraldo Alckmin, governador de São Paulo.

Com a agenda política voltada para a segurança pública, como resultado d intervenção na Segurança do Rio de Janeiro, o governo tinha a expectativa de cavar um espaço da cúpula do MDB em uma candidatura que pudesse defender o que chamam de "legado do governo".