Evo, Maduro, Cristina e Zelaya enviam mensagens de apoio a Lula

O presidente boliviano Evo Morales repudiou a decisão '“indignante da justiça do Brasil'” de negar o habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre quem pesa uma condenação por suposta corrupção passiva; já o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expressou sua solidariedade com Lula, depois da negação do recurso de habeas corpus por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil.

Evo Morales e Lula - Divulgação / Presidência da Bolívia

Morales escreveu em sua conta no Twitter que a justiça do gigante sul-americano, “ameaçada por oligarquias corruptas”, negou “o direito constitucional do irmão Lula da Silva a se defender em liberdade”. “Essa sentença ilegítima é um golpe institucional contra a democracia do povo do Brasil”, sentenciou o estadista boliviano na rede social.
Em outra mensagem por essa via, enviou força ao líder do Partido dos Trabalhadores (PT) e estimou que sua luta “e a dos pobres, operários, intelectuais e profissionais comprometidos com a dignidade e soberania de nossos povos, é nossa”.

“Nenhuma decisão nem golpe judicial poderão jamais te deter nem te afastar do povo”, sublinhou Morales, que acrescentou que “hoje mais que nunca unidos te abraçamos”.

Depois dessa decisão do STF de negar o habeas corpus de Lula durante um julgamento politizado, o juiz federal Sergio Moro ordenou o encarceramento do líder petista.

Já Nicolas Maduro, presidente venezuelano, prestou seu apoio pelo Twitter: ”Não só o Brasil, o mundo inteiro abraça você, Lula. Dói na alma esta injustiça. A direita, diante de sua incapacidade de ganhar democraticamente, elegeu o caminho judicial para amedrontar as forças populares”, disse.

Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras que foi deposto em 2009 por um golpe, disse que Lula é inocente. Zelaya afirma que “seu único pecado foi enfrentar os Estados Unidos” e “não obedecer aos conservadores que governam o Brasil”.

Cristina Kirchner, ex-presidenta da Argentina, disse que “as elites nunca se interessaram por justiça ou democracia, além de utilizar o aparato judicial em interesse próprio”.