Dia do Trabalhador: Ato unificado em Fortaleza reúne 15 mil pessoas

Neste Dia do Trabalhador, primeiro após o golpe na CLT com a aprovação da Reforma Trabalhista e da terceirização irrestrita, trabalhadores de todo o país se mobilizaram empunhando a bandeira unificada de reforçar a luta pela garantia de seus direitos.

Dia do Trabalhador: Ato unificado em Fortaleza reúne 15 mil pessoas

Manifestantes saíram às ruas em diversas capitais do País, neste 1º de Maio, para protestar contra os retrocessos sociais, defender a democracia e reivindicar a liberdade do ex-presidente Lula. O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSol), ainda sem solução, também foi destacado nas manifestações deste ano.

A unidade das centrais sindicais, frentes sociais e partidos aliados foi a marca das atividades deste ano. Em Fortaleza, a jornada de atividades em alusão ao Dia do Trabalhador, organizadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, aconteceu no Ginásio Poliesportivo da Parangaba. Pela manhã, foi realizado o lançamento estadual do Congresso do Povo. A tarde, cerca de 15 mil pessoas saíram em caminhada até a Praça da Cruz Grande, no bairro Serrinha, onde aconteceu um ato cultural de encerramento. Lá, os manifestantes puderam acompanhar as apresentasoes de artistas locais como Parahyba e Companhia Bate Palmas, Marcelo Renegado, 70Bege, Ercília Lima, Family Roots e Street Rappers.

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O mês de maio é historicamente marcado pela luta. Conhecido como Dia do Trabalhador, a data remonta ao ano de 1886, quando milhares de operários mobilizaram uma greve geral foram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, para reivindicar melhores condições de trabalho.

Neste ano, a principal mobilização aconteceu em Curitiba (PR). A cidade recebeu caravanas de diversos estados com manifestantes em defesa do ex-presidente Lula.

A Medida Provisória (MP) 808, que alterava itens da Lei 13.467, da Reforma Trabalhista, perdeu validade no dia 23 de abril. Com isso, fica valendo a lei na íntegra, inclusive com pontos criticados por governistas, como o trabalho intermitente sem amarras, a possibilidade de mulheres e gestantes atuarem em locais insalubres e a jornada 12×36 apenas por acordo individual.

O Brasil possui mais de 13 milhões de desempregados.