Popularidade de Macri vai de mal a pior devido à crise econômica

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (7) na Argentina, mostra que a popularidade do presidente Maurício Macri vai de mal a pior. Os entrevistados rejeitam a política econômica do neoliberal e criticam os aumentos galopantes que algumas tarifas de serviços básicos sofreram ao longo dos últimos anos.

Maurício Macri - Reuters

O estudo da empresa de pesquisas Manegement e Fit, realizado entre 27 de abril e 3 de maio, mostrou que 54,9% dos argentinos desaprova a gestão de Macri.

A imagem do presidente está desgastada devido à sua política econômica marcada por cortes, aumentos de tarifas, flutuação do dólar frente ao peso e aumento da inflação.

De acordo com o estudo, 53,9% considera que a situação do país está “muito pior” do que no governo anterior, de Cristina Kirchner. Já 24,3% acredita que está “melhor”. Os números mostram que 35% do eleitorado que votou em Macri em 2015 hoje o rejeita.

Com relação aos aumentos de tarifas de serviços básicos – transporte, gás, energia elétrica –, 34,5% acredita que foram “necessários”, mas “excessivos”. Outros 34,3% acham que foram desnecessários.

Quando o assunto é a flutuação da moeda, 63,3% dos argentinos consideram que a situação econômica do país piorou do ano passado pra cá. Os efeitos da dependência exagerada do dólar levaram o país a uma depressão econômica, o peso perdeu 12% de seu valor entre os dias 3 e 4 de maio e coloca em xeque a capacidade de Macri de cumprir seus compromisso com a dívida externa.

Segundo o ministro de Finanças, Luís Caputo, a Argentina não vai mais aumentar sua dívida externa – atualmente uma das maiores do mundo – até o final do ano.