Alckmin tenta subir nas pesquisas com discurso das armas de Bolsonaro

Despencando nas pesquisas de intenções de votos, o presidenciável tucano Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, decidiu apelar para o medo e a insegurança pública. Copiando o discurso de Jair Bolsonaro (PSL), o tucano disse nesta quinta-feira (17), que vai facilitar o porte de armas caso seja eleito, mas apenas em áreas rurais.

Geraldo Alckmin

A afirmação é uma mudança de posição é puro desespero, já que Alckmin era defensor do estatuto do desarmamento. "É claro que pode ter porte de armas. Na área rural até deve ser facilitado", afirmou o tucano ao ser questionado sobre a proposta de Bolsonaro para supostamente aumentar a segurança no campo.

Ele justificou a liberação afirmando que, no campo, as pessoas estão muito distantes umas das outras e o isolamento as torna alvo. "Já existe. Não estudei detalhes, mas vamos estudar. Não quero aqui entrar nessa miudeza eleitoral", disse ele, enfatizando que enquanto o adversário propõe dar fuzis aos fazendeiros ele prefere dar tratores.

Desde segunda-feira (14), quando a pesquisa CNT/MDA foi divulgada mostrando uma queda no índice de intenções de voto, a equipe de campanha de Geraldo Alckmin está quebrando a cabeça para ver o que é possível fazer para o candidato esboçar uma reação.

Segundo fontes, a equipe coordenada por Leandro Piquet Carneiro ainda não apresentou uma conclusão a respeito, mas para atrair votos os tucanos propõem regularizar quem tem porte ilegal de armas em zona rural, sem ampliar esse direito para as cidades.