Pressão de professores de SP assegura cláusulas de Convenção Coletiva

Os direitos dos professores do ensino básico da rede particular de São Paulo estão assegurados até 28 de fevereiro de 2019. Reunidos em assembleia nesta terça-feira (29) trabalhadores aprovaram a contraproposta do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo (Sieeesp) que recuou na proposta inicial de retirar direitos e preservou integralmente as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

professores de SP aprovam proposta das escolas que recua e mantêm direitos da convenção coletiva - Chico Bicudo

A resposta das escolas veio após duas paralisações dos professores, que nesta terça pararam mais de 100 escolas da rede. Além da manutenção da Convenção, constituída de direitos conquistados há 20 anos, os trabalhadores aprovaram 3% de reajuste e 15% de Participação nos Lucros e Resultados.

Um indicativo de greve também foi aprovado para o caso de as escolas não assinarem a convenção até o dia 5 de junho. Se não houver a formalização do acordo, os professores sinalizaram greve a partir do dia 6 de junho. Nova assembleia está agendada para este dia.

Foram cinco meses de negociação marcada pela intransigência do Sieeesp, o que provocou apoio de pais e estudantes ao movimento dos professores. Os proprietários de escolas reivindicavam a redução de direitos como o tempo de recesso remunerado dos professores no fim do ano (de 30 para 20 dias); limitação de bolsas de estudo para os filhos dos professores (de duas para uma); parcelamento de férias e fim das férias coletivas, que geralmente acontecem em julho.