Primeiro-ministro renúncia na Jordânia após protestos

O primeiro-ministro da Jordânia, Hani Mulki, apresentou sua renúncia ao rei Abdullah depois de cinco dias de protestos contra as medidas de austeridade do governo

Hani Mulki

As manifestações aconteceram na capital Amã e em outras cidades do país desde a última quarta-feira contra o aumento de preços e contra um projeto de lei para subir os impostos promovido por Amã sob pressão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a realização de reformas estruturais.

O rei Abdullah II defende um diálogo nacional e razoável sobre o projeto de lei do Imposto de Renda, o que desatou essas manifestações, as mais importantes do país nos últimos cinco anos. Um dos pontos do projeto visa tributar as rendas mais modestas.

Na noite de sábado, cerca de 3.000 pessoas se manifestaram perto do gabinete do primeiro-ministro, no centro da capital.

Centenas de manifestantes também saíram às ruas das cidades de Zarqa, Balqa (leste), Maan, Karak (sul), Mafraq, Irbid e Jerash (norte).

Poucas horas antes, as negociações entre representantes dos sindicatos e o governo haviam fracassado.