Protestos em Minas Gerais denunciam punição a petroleiro após greve

Petroleiros de Minas fizeram um atraso na manhã desta quinta-feira (7) em protesto contra a injusta e arbitrária punição aplicada a um trabalhador da Regap durante a greve de 72 horas realizada na semana passada.

Petroleiros atrasam turno para denunciar punição a trabalhador que participou da greve de 72 horas no final de maio de 2018 - reprodução

O petroleiro recebeu uma suspensão de cinco dias por ter deixado seu posto de trabalho no final de seu turno no primeiro dia de greve – o que é um direito de todo trabalhador.

No entanto, a Petrobrás não só puniu o funcionário sem qualquer discussão com o Sindipetro/MG, como também manteve os demais trabalhadores por mais de 70 horas em cárcere privado dentro da Regap durante a greve.

O ato desta quinta-feira foi realizado com os trabalhadores do G4 (grupo ao qual pertence o petroleiro punido) e também o HA, mas contou com ampla participação de aposentados – entre eles, dois ex-diretores do Sindicato que chegaram a ser punidos com demissão após a greve de 1995.

Também foram realizados atos em várias bases do Brasil nesta quinta-feira. Em Minas, serão realizados atrasos em todos os turnos até o fim da punição do trabalhador – que acontecerá no próximo domingo (10), às 15h30.

O Sindipetro/MG também arcará com todas as perdas salariais que o empregado sofrer em consequência da punição, conforme previsto no estatuto da entidade. Além disso, o departamento jurídico também irá buscar na Justiça a reversão da punição.