Salão do Livro Político debate Brasil pós-golpe e saídas para a crise

O Brasil pós-golpe de 2016 é o foco da 4ª edição do Salão do Livro Político. Crise, eleições, cenário econômico, censura e ciências, fake news e os 30 anos da Constituição de 1988 versus o atual protagonismo do Poder Judiciário são alguns dos assuntos do evento que acontece na PUC-SP entre os dias 18 e 21 deste mês.

Salão do Livro Político - Divulgação

Também serão debatidos a situação política do Oriente Médio e fatos que marcaram a história global e continuam ecoando: maio de 1968, 50 anos depois, Marx e o marxismo no bicentenário do nascimento do filósofo alemão e os rumos da Revolução Cubana, após quase 60 anos. No ano da Copa do Mundo e no momento em que se desvela a corrupção na Fifa, o futebol também está na pauta.

As atividades começam na noite de segunda-feira (18), com pré-candidatos da esquerda à presidência: Lula será representado pela senadora Gleisi Hoffmann, participam ainda Manuela D’Ávilla (PCdoB), Guilherme Boulos (Psol) e Vera Lúcia (PSTU).

O evento contará ainda com a presença o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e de intelectuais como Jessé Souza, Ladislau Dowbor, Marcio Pochmann, Leda Paulani, Laura Carvalho, Ricardo Antunes, Esther Solano, Olival Freire, Gilberto Maringoni, Sueli Rolnik e Marcelo Semer.

O jornalista e acadêmico Leonardo Sakamoto é responsável por mediar a mesa sobre fake news.

Este ano, o curso gratuito ministrado durante o Salão, "A teoria da revolução", será dividido em quatro aulas que abordam Marx (com o professor Mauro Iasi), Lênin (Augusto Buonicore), Bakunin (Acácio Augusto) e Rosa Luxemburgo (Isabel Loureiro).

O físico Olival Freire Jr. participa da mesa Ciência Sem Censura; o sociólogo Luis Fernandes participa da mesa Marx, 200 anos; a ex-vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, participa da mesa Futebol: política ou ópio?; o secretário de Juventude e Movimentos Sociais do PCdoB, André Tokarski, participa da mesa Golpe, resistência e barbárie pós-conciliação de classe; e o filósofo João Quartim de Moraes participa da mesa de encerramento 1968, muito além de maio.
Além das mesas, painéis e debates, o evento conta com uma feira de livros onde cerca de 30 editoras expõe seus catálogos com descontos de até 50%.

Sobre o Salão

Iniciativa de um grupo de editoras independentes de grandes grupos editoriais, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), o Salão do Livro Político tem como objetivo fortalecer as editoras, aumentar a visibilidade de suas obras políticas no mercado e incentivar as vendas e a leitura desses livros. Os livros políticos representam atualmente algo em torno de 2,5% do total de obras publicadas no país a cada ano, considerando-se as três áreas correlatas (sociologia, filosofia e economia).

No ano passado, em sua terceira edição – que homenageou Antonio Candido e contou com a presença da ex-presidenta Dilma Rousseff na abertura –, o Salão recebeu cerca de 3,5 mil visitantes, entre estudantes, professores universitários e militantes de movimentos sociais e partidos políticos de vários estados, que participaram das atividades.

Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público em geral, acontecem no Teatro da PUC-SP, rua Monte Alegre, 1024, capital paulista.

Veja a programação completa no site oficial do evento clicando aqui.