Fitmetal: Frente ampla para combater Alckmin e ataque a trabalhadores

O presidente da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), Marcelino da Rocha, declarou ao Portal Vermelho que o movimento sindical e social brasileiros precisa intensificar sua participação no processo eleitoral. 

Por Railídia Carvalho

Marcelino da Rocha, presidente da Fitmetal - André Cintra

Segundo o dirigente, a aglutinação de forças políticas da direita em torna da candidatura do pré-candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, exige a construção de uma frente ampla para evitar que a agenda de retirada de direitos sociais e trabalhistas se fortaleça.   

“Hoje existe uma força nos setores reacionários e de direta no Brasil que se reforça com o apoio do centrão ao Alckmin. Fortalece o Brasil pós-golpe, que é o Brasil que desregulamenta as relações de trabalho, que entrega empresas estratégicas e alimenta o protagonismo de um politicismo jurídico que afronta a constituição brasileira. Apenas uma frente ampla de caráter progressista terá forças para enfrentar o consórcio direitista”, afirmou o dirigente.

Ele comentou a afirmação do pré-candidato tucano, que cogitou o fim do Ministério do Trabalho durante o programa Roda Viva desta segunda-feira (23). “Isso não soa estranho. Eles não tem compromisso com a classe trabalhadora. O fim do Ministério do Trabalho é mais uma ação para esvaziar instrumentos que fortalecem as relações de trabalho”. Marcelino reiterou que o programa de Alckmin é o mesmo “programa do Temer e ainda pode aprofundar mais ainda as dificuldades brasileiras”.

O presidente da Fitmetal enfatizou que a participação do movimento sindical no processo eleitoral tem como base o documento “Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora”. “Ao contrária da agenda da direita o projeto político que é expresso nessa agenda, e vem sendo divulgado e aprofundado com os trabalhadores, defende uma política desenvolvimentista com geração de emprego e distribuição de renda”, enfatizou o sindicalista.

No dia 10 de agosto as centrais sindicais unificadas realizam paralisações pelo Brasil contra o retrocesso do governo de Michel Temer, em especial o drama do desemprego. Um ato nacional está programado em frente a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Clique AQUI para conhecer a Agenda Prioritária.

A experiência do impeachment, que destituiu a presidenta eleita Dilma Rousseff para que Michel Temer assumisse a presidência, deixou lições no movimento sindical, avaliou Marcelino. “Antes do golpe houve setores do movimento sindical que acreditaram que a saída da Dilma seria a solução. Hoje enxergam o erro estratégico e mesmo com esse governo golpista atacando os sindicatos na sua sobrevivência, as entidades estão resistindo, unificadas em torno da defesa dos direitos dos trabalhadores”.

Marcelino acredita que neste momento fica mais claro que o lado a ser combatido pelos trabalhadores nas eleições é o projeto político implementado por Temer pós-golpe. “Se as coisas estão ruins hoje do ponto de vista do emprego, precariedade das condições de trabalho imagine esse programa de Temer e da direita legitimado pelas urnas. Mesmo combalido o movimento sindical precisa interferir no resultado das eleições”, reiterou o dirigente.