Venezuela e China assinam acordos e aprofundam aliança estratégica

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse que os acordos assinados na sexta-feira (14) estão perfeitamente em linha com o Programa de Crescimento e Prosperidade Econômica lançado no dia 20 de agosto

Xi Jinping e Nicolas Maduro - AFP

O chefe de Estado venezuelano esteve em Pequim até domingo (16) para uma visita oficial à China.

Após a recepção oficial no Grande Palácio do Povo, Maduro e seu homólogo chinês, Xi Jinping, discutiram questões relacionadas com a cooperação bilateral, manifestaram a vontade de aprofundar a associação estratégica existente entre os seus países e assinaram 28 acordos em áreas como a educação e a cultura, indica a Prensa Latina.

Nicolás Maduro também dialogou com o primeiro-ministro, Li Keqiang, o presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Li Zhanshu, e o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, com quem participou no encerramento da XVI Comissão Mista de Alto Nível China-Venezuela, segundo informa a Abril Abril. 

Nesta Comissão, ambos os países firmaram 28 acordos em setores como a exploração mineira e petrolífera, a cibersegurança, a tecnologia aeroespacial e de satélites, a robótica, telecomunicações, o abastecimento de medicamentos e de equipes cirúrgicas.

Na sua intervenção, Nicolás Maduro destacou que os resultados alcançados nesta Comissão, que "visa conduzir ambos os países a uma nova era de desenvolvimento nos próximos anos", está em linha com o Programa de Crescimento e Prosperidade Econômica que ele próprio lançou no último dia 20 de agosto, para fazer frente à guerra econômica, à fraude e à especulação de preços, refere a VTV.

Recorrendo à conta sua conta Twitter, o diplomata venezuelano Jorge Arreaza louvou o trabalho de toda a equipe do seu homólogo chinês, Wang Yi, para tornar possível "o êxito indiscutível da XVI Comissão Mista". 

Empréstimo

Com a viagem, Maduro também buscou a ajuda financeira da China, um de seus maiores aliados, para enfrentar a crise econômica que assola seu país (em parte devido a bloqueios de países como os EUA). A ideia era obter um empréstimo de cinco bilhões de dólares para combater a hiperinflação venezuelana. 

Xi Jinping está disposto a ajudar Caracas, apesar de não ter sido divulgado se o empréstimo de fato ocorrerá e que valor foi acertado. A China tem se dedicado a expandir sua influência na América Latina, fazendo aliança com diversos países do continente. Nos últimos dez anos, Pequim investiu 50 bilhões de dólares na Venezuela, especialmente através de acordos energéticos, segundo informações do Publico.