Haddad sobre propaganda adversária: 'Fazem muitos ataques e poucas propostas'

O candidato à Presidência da República Fernando Haddad, da coligação PT-PCdoB-Pros, assinou nesta quarta-feira (26) um termo de compromisso com a Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes, e combate à mortalidade infantil.

Haddad Unicef - Ricardo Stuckert

Após o encontro, Haddad concedeu entrevista coletiva em comentou a estratégia dos adversários, como Geraldo Alckmin do PSDB, que tentam conter o seu crescimento nas pesquisas com ataques partidários e pessoais.

"Eu penso que eles estão fazendo muitos ataques e poucas propostas", afirmou Haddad, enfatizando que "estão se desrespeitando demais" e que pretende buscar a união "pelo diálogo" na campanha eleitoral.

"Nós estamos em uma linha muito propositiva, você vê que a nossa campanha não faz ataques a nenhuma outra candidatura. Nós entendemos que o Brasil está precisando de paz e mais respeito mútuo. Então nossa linha de campanha até o final será de propostas e não ataques", disse.

O candidato à Presidência da República reafirmou que "o país quer paz e democracia, não quer ditadura", em referência à declarações feitas pelo candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão (PRTB), que disse que a Constituição não precisa ser feita por representantes eleitos pelo povo.

"[O país] Quer discutir direitos, trabalho e educação. O país quer olhar para o futuro, quer olhar para como nós vamos fazer para tirar o país da crise", acrescentou.

Haddad voltou a defender a unidade em torno de bandeiras que apontem saídas para a crise que o Brasil enfrenta. Ele reforçou que, num eventual segundo turno, aceitará o apoio de quem quiser se juntar ao seu plano de governo.

"Segundo turno é momento de já pensar em aprovar propostas no Congresso. Aqueles que quiserem se somar ao nosso plano de governo, nós vamos dialogar, tendo como base o que foi defendido no primeiro turno", disse Haddad.

Unicef

O documento assinado por Haddad reforça uma série de compromissos com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) sobre investimentos voltados à infância e à adolescência.

Haddad criticou o governo Michel Temer e prometeu mais "rigor" no controle de frequência escolar e vacinação para beneficiários do Bolsa Família.

"Controles estão frouxos e os cortes estão sendo feito sem critérios", afirmou Haddad, dizendo que um milhão de famílias que deveriam estar recebendo o Bolsa Família foram retiradas do benefício.