Celso Amorim: Resultado das urnas será aceito pelos militares

Diversos analistas políticos consideram que um clima militar ronda o País, após o vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, declarar seu saudosismo pelos tempos de chumbo e o comandante geral do exército, general Villa Bôas, ter se posicionado politicamente em diversas ocasiões. 

Celso Amorim - Divulgação

 No entanto, o ex-ministro da Defesa e das Relações Exteriores dos governos Lula e Dilma, Ceso Amorim, declarou em entrevista à TV 247, nesta semana, que as Forças Armadas respeitarão a voz das urnas. "A vitória de Haddad será aceita pelos militares", expõe.

Amorim diz se preocupar com o fato de parte da população brasileira apoiar uma candidatura semi-militarista, no caso, a de Bolsonaro. "E de fato existem militares da reserva atuando em sua campanha", expõe.

No entanto, ele enfatiza que é necessário distinguir os militares que atuam ativamente na vida política do alto comando do exército. "Considero que o Exército não terá um posicionamento golpista", afirma.

Amorim esclarece que o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, ex-chefe do Estado maior do exército, deixou claro que a participação das Forças Armadas será única e exclusivamente voltada para que a votação ocorra no clima de normalidade.

"Silva e Luna salientou o que eu considero mais importante: Qualquer que seja o vencedor do pleito eleitoral, o resultado será respeitado", observa Amorim, ao citar a fala do ministro da Defesa.

O ex-ministro enfatiza que as Forças Armadas são muito importantes para o Brasil, dizendo que a era da tutela dos militares já passou. "A prioridade agora é a defesa da pátria", aponta Amorim.