Morre em Sergipe terceira pessoa esfaqueada sob gritos de ‘Bolsonaro’

O suspeito de assassinar Laysa Fortuna, de 26 anos, foi preso hoje em Aracaju. Desde o primeiro turno da eleição, foram assassinados também Moa do Katendê, na Bahia, e Priscila, em São Paulo.

Laysa Fortuna

A Polícia de Sergipe prendeu na manhã deste sábado (20) o suspeito do assassinato a mulher transexual Laysa Fortuna, de 26 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu no final da tarde de ontem, em Aracaju.

O flanelinha Alex da Silva Cardoso, de 33 anos, chegou a ser preso logo após esfaquear Laysa na noite de quinta-feira, mas foi liberado. O delegado de plantão classificou como "lesão corporal leve" os ferimentos sofridos por Laysa.

Segundo o site de notícias FanF1, na noite de quinta o agressor teria discutido com várias transexuais, repetindo o discurso de ódio e citando o nome de Jair Bolsonaro. E após deixar o local da discussão, voltou com uma faca e atacou Laysa, principalmente no tórax.

Laysa havia passado por uma drenagem torácica, mas sofreu uma parada cardíaca. A equipe médica tentou reanimá-la, mas ela não resistiu. O corpo será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

Este é o terceiro assassinado a facadas em que o agressor grita o nome do candidato do PSL, conhecido pela incitação à violência.

Na madrugada do último dia 16, a travesti identificada como Priscila foi morta a facadas no Largo do Arouche, região central de São Paulo. Uma testemunha ouviu de seu apartamento diversos gritos de “prostituta, vagabunda e Bolsonaro presidente’.

Na madrugada do último dia 8, poucas horas após o fechamento das urnas do primeiro turno, o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, o Moa do Katendê, de 63 anos, foi assassinado por Paulo Sérgio Ferreira de Santana, de 36 anos, seguidor de Bolsonaro. O motivo: em conversa no bar, Moa havia declarado voto no PT.