Gilmar pede cautela e diálogo após ofensiva contra universidades

Após 29 universidades serem censuradas e invadidas por agentes do Estado nesta quinta-feira (25), o ministro do STF, Gilmar Mendes, pediu em evento ‘cautela’ em ações realizadas pela justiça contra as universidades. Segundo ele, é preciso fazer uma reavaliação para que haja uma “relação dialógica e menos repressiva”.

Gilmar Mendes - Carlos Moura/SCO/STF

Nesta sexta-feira (26), que esteve em evento na Uninove, na capital paulista, e afirmou ser necessário ter uma relação mais dialógica e menos repressiva no que se refere aos casos de ações contra as universidades.

"É preciso que façamos uma reavaliação para não valorizarmos uma ação repressiva e que possamos valorizar uma relação mais dialógica. Nós precisamos ter uma relação dialógica e menos repressiva", falou.

Gilmar disse que as universidades são vitais para o pensamento e que a sociedade precisa lidar essas manifestações "com certa compreensão e tolerância" e que não são todas as que traduzem manifestações de apoio a partidos políticos ou políticos.

O ministro disse também que em um segundo turno a temperatura das discussões políticas "sobe demais" e que nesse contexto os juízes eleitorais recebem diversas manifestações e tomam a maior parte das decisões quase que de forma monocrática, sem levar ao colegiado.

Gilmar afirmou que nas universidades há "ebulição" de ideias mesmo fora do período eleitoral e isso tem que ser relativizado. "Não é incomum, nós mesmos (ministros do STF) vamos a eventos universitários e somos recebidos com protesto. Isso faz parte do processo democrático ", considerou.