Ministro da Defesa de Bolsonaro diz que 'há inversão de valores no tema direitos humanos'

Em entrevista à Rádio Eldorado nesta quarta-feira (31), o futuro ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro, general Augusto Helena, não quis falar como titular da pasta, mas fez considerações sobre como acredita que o governo deve funcionar e defendeu que a pasta de Direitos Humanos seja tratada de forma diferente de como é tratada atualmente.

augusto heleno

De acordo com matéria publicada pelo Correio Braziliense, o general reconheceu que o Ministério da Defesa tem uma estrutura sólida e foi uma das pastas privilegiadas pelas gestões de Lula e Dilma. No entanto, classificou os governos anteriores como "catastróficas".

Um dos mais entusiastas defensores de Bolsonaro, Augusto Helena disse que hoje há uma inversão de valores no que se refere aos Direitos Humanos que, segundo ele, "há muito a desejar no aspecto teórico do combate à criminalidade". Ele afirmou que os 'direitos humanos são basicamente para humanos direitos' e que 'essa percepção não tem acontecido'.

Ele defendeu ainda que Direitos Humanos não merece ter um ministério, mas uma secretaria que cuide do tema. "O assunto direitos humanos é de alta relevância, se mudar estrutura não vai mudar sua importância", emendou.

Ao comentar sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro, Heleno disse se sentir "chocado" em ver criminosos exibindo armamentos de guerra em zonas urbanas.

Em um discurso que exalta a "moralidade", o general disse que "é preciso lei pra voltar respeito às forças legais".

"Aí modificaremos a atitude das forças criminosas. Precisamos enfrentar com grandeza a crise ética, moral, econômica e social e sair da beira do abismo, a economia está caótica", disse.