Em Fortaleza 30 mil pessoas protestam contra a Reforma da Previdência

O protesto teve início às 9h na Praça da Imprensa e encerrou por volta das 12h30 na Praça Portugal.

Reforma da Previdência

A chuva, que vinha desde a madrugada banhando as ruas de Fortaleza, não espantou os manifestantes, que com seus guarda chuvas, agitavam bandeiras e faixas num grande protesto, realizado na manhã desta sexta, em Fortaleza,  contra a proposta de reforma da previdência apresentada por Bolsonaro. 

O ato, organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem medo, reuniu, segundo os organizadores, cerca de 30 mil pessoas e contou com o apoio de Centrais Sindicais, sindicatos, associações de mulheres, estudantes, movimentos LGBT e de bairros.

Diversos parlamentares também estiveram presentes e declararam apoio aos atos de protesto que ocorreram hoje em todo o país. "Essa reforma é um retrocesso, um ataque aos direitos do povo trabalhador. Manifestações como essa são essenciais para frear a reforma" afirma a deputada estadual Augusta Brito. Para Carlos Felipe, deputado estadual, o momento é de mobilização e defesa dos nossos direitos, " Precisamos derrotar essa reforma que atinge, em especial, o povo pobre e que mais precisa de proteção do estado"

Para o vereador de Fortaleza, Evaldo Lima  " A reforma anunciada por Bolsonaro não acaba com os privilégios e nem protege direitos dos trabalhadores. Na verdade é o contrário, ela não acaba com a sonegação, são mais de 460 bilhões dos grandes sonegadores. Para proteger os professores e trabalhadores rurais é que estamos nas ruas contra a reforma da previdência"

Luciano Simplício, presidente da CTB no estado, ressaltou a importância das mobilizações e das ações junto à bancada federal, " Hoje enviamos uma forte mensagem para nossos deputados federais. Não aceitamos essa reforma e votar a favor dela é votar contra o interesse do povo trabalhador"

A professora Samara Amaral Zeppetella esteve na manifestações com os colegas de trabalho. "Paralisamos as atividades hoje pela manhã e viemos mostrar nossa indignação com essa reforma.  Nossa categoria é uma das mais afetadas, aumentou em mais de 10 anos a aposentadoria dos professores. Fiz os cálculos , eu me aposento em 2043 com 62 anos e 87% do meu salário. Me aposento por idade, sem receber a integralidade do meu salário, ou trabalho mais tempo até completar os 30 anos. Estamos nas ruas contra essa reforma, ela é um crime contra nosso povo."