A classe trabalhadora deve repudiar a ditadura e os torturadores

Em tempos de esfacelamento do Estado, restrições democráticas e rapinagem dos direitos e das riquezas nacionais, o povo brasileiro se percebe em uma encruzilhada histórica. A emergência dos setores mais conservadores, em meio a implementação da agenda ultraliberal pelo governo, vem levando o país a um estado de radicalização e retrocessos.

Por Wallace Melo Barbosa*
 

Sob o olhar do fascismo: Educação na mira do terror - Divulgação

E paralelo à oficialização da proposta de Reforma da Previdência junto às mesas do Congresso Nacional, que desconstitucionaliza o direito à aposentadoria, o presidente da República orientou, nos últimos dias, que as Forças Armadas comemorassem o golpe militar de 1964, desconsiderando todos os episódios inglórios que a ditadura trouxe ao povo e a democracia no país.

Ainda diante de tantas manifestações institucionais contrárias a tal orientação, o presidente, junto ao seu "laranjal adubado pelo esterco estadunidense", desconsiderou as críticas e continuou com seus elogios às torturas e aos torturadores, se mostrando mais uma vez, simpático a tudo que aconteceu nos porões da ditadura.

Lamentavelmente, o atual governo antirrepublicano, que funciona como uma verdadeira máfia, desafia diariamente a classe trabalhadora e o conjunto das forças políticas democráticas e progressistas. Elogia o retrocesso, se ajoelha perante o mercado e maximiza o desemprego, a pobreza e as desigualdades. Sua equipe ministerial e sua base de sustentação parlamentar se caracterizam muito mais pelos constantes vexames e pela ingerência do que pelas suas habilidades e capacidades de retirar o país da crise, que afeta diariamente milhões de brasileiros e brasileiras.

Diante disso, a história nos remete ao bom combate. É preciso superar esse regime de maldades, impostos pelo governo antipovo de Jair Bolsonaro, sobretudo com a construção de um novo projeto nacional de desenvolvimento, soberania e poder popular.

E é dentro desse contexto, que a memória coletiva, nos relembra os males trazidos pela ditadura militar – regime defendido pelo presidente – remetendo assim, o povo e a classe trabalhadora a ampliar a defesa da democracia, e dos direitos sociais, além de repudiar sempre, a opressão, a tortura e os torturadores. É lembrar para que nunca mais aconteça! E refletir, para que, dessa maneira, não permitamos que o Brasil torne-se um "quintal de submissão" dos Estados Unidos e de todas suas políticas e práticas imperialistas, queiram ou não queiram os juízes! Sigamos juntos, rumo a resistência popular!

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#DigaNãoÀReformaDaPrevidência #ForaBolsonaro

(*) Wallace Melo Barbosa é professor e presidente do Comitê Municipal do PCdoB do Paulista.