O criminoso bloqueio imposto à Venezuela pelos EUA

Na quinta feira, (25/04) o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, concedeu uma entrevista coletiva na ONU em Nova York, quando denunciou o caráter criminoso do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA e suas graves consequências para o povo venezuelano.

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 Claudio Machado*

 

Arreaza afirmou que (o bloqueio) “e uma luta pelo controle da riqueza, contra o modelo social da Revolução Bolivariana desenvolvido pelo Comandante Hugo Chávez com o Povo”.

Além do bloqueio propriamente dito, um verdadeiro roubo está sendo praticado contra a República Bolivariana da Venezuela, que já equivale a cinco bilhões de euros de depósitos venezuelanos retidos no Citibank, Novo Bank, Banco da Inglaterra, North Capital Bank e outros.

Ao mesmo tempo medidas restritivas atacam o Banco Central da Venezuela para impedir que aquele país possa realizar importações para o bem-estar de seu povo.

A administração Trump impede também que o Estado venezuelano tenha acesso a qualquer fonte de financiamento de organismos internacionais.

A criminosa escalada de agressões estadunidenses avança até mesmo sobre empresas da Venezuela localizadas em seu território, como foi o caso da Citgo Petroleum Corporation, que é uma refinaria, distribuidora e revendedora de petróleo e produtos derivados, uma subsidiaria da estatal venezuelana de petróleo, PDVZA. Instalada na cidade de Houston, no Texas. Os EUA afastaram a PDVSA de seu controle.

“É uma agressão brutal contra a Venezuela”, como destacou Jorge Arreaza na entrevista coletiva concedida na sede da ONU, em Nova Iorque.

O chanceler declarou que seu governo está “…em campanha para que o mundo conheça as consequências do bloqueio unilateral do governo dos Estados Unidos sobre a Venezuela, consequências que ceifaram as vidas de milhares de venezuelanos”.

Mas o bloqueio é uma das armas do vasto arsenal que os EUA possuem à disposição para uso no conjunto de alternativas para agressão à soberania dos povos no conceito de “guerras não convencionais”, ou guerras híbridas.

Em entrevista concedida na última terça feira (23/04) ao Canal TVVenezuelana (TVV), um canal de televisão estadunidense conduzido por venezuelanos, o ex-embaixador dos EUA na Venezuela, William Brownfield, revelou que a estratégia militar dos EUA se baseia no ataque cibernético para causar o colapso dos serviços públicos. "A opção militar não tem necessariamente de ser de 20 mil marines a chegar na praia Maiquetia (praia do mar do caribe venezuelano) e marchar em direção Miraflores. Há um comando cibernético no Departamento de Defesa, (…) é um comando militar, cuja missão é preparar para a guerra no mundo do cibernético".

Revelou também que, como opção militar, os EUA podem apoiar venezuelanos opositores que estão fora da Venezuela e que queiram voltar ao seu país para atacar o governo, seus representantes e apoiadores.

A história recente já mostrou que a revolução bolivariana tem capacidade de resistir e resistirá às agressões imperialistas estadunidenses, que buscam a todo custo assumir o controle da maior reserva mundial de petróleo localizada em território venezuelano. O governo e seu povo já sabem que devem se preparar para uma longa jornada de resistência e luta, buscando com coragem, criatividade e solidariedade de povos e nações amigas contornar as consequências trágicas impostas pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro.

Seguem alguns destaques da entrevista concedida:

“Venezuela não é uma ameaça para qualquer país vizinho, muito menos para os Estados Unidos que é o país mais poderoso do mundo.”

“É um bombardeio, é uma guerra que estamos experimentando e vocês sabem disso aqui nas Nações Unidas.”

"A intenção do Grupo de Países que defendem a Carta das Nações Unidas, é deter a tentativa de mudança abrupta de regime, proteger o direito internacional, enfrentar da melhor maneira o bloqueio econômico.”

"As pessoas estão sofrendo os efeitos do bloqueio, há consequências sociais profundas para fazer o mundo acreditar que o modelo do socialismo bolivariano fracassou."

"Nossas armas não são de destruição em massa, como as usadas pelo governo dos Estados Unidos, nossas armas são a Constituição da República Bolivariana da Venezuela e a Carta das Nações Unidas."

"A aliança militar com a Rússia não representa uma ameaça ao governo dos Estados Unidos. Continuaremos trabalhando nas áreas industrial, mineira, científica e militar para garantir a paz e a segurança da Venezuela."

“26 pacientes que estão na Itália para o transplante de medula óssea estão prestes a morrer, porque não pudemos pagar a quantia de 5 milhões de euros. Se fazia (o pagamento) pela Citgo e eles embargaram e não é possível fazê-lo através da PDVSA.”

"Eles disfrutam do bloqueio naval do petróleo, impedindo transações com ouro, prejudicando a produção de petróleo; mas vamos continuar resistindo.”

"Em breve Pdte.@ NicolasMaduro vai anunciar a criação de um registro para acompanhar as privações que nosso povo está sofrendo como consequência do bloqueio do governo de @POTUS.”

“O ‘roubo’ que está sendo cometido contra a República Bolivariana da Venezuela equivale a cinco bilhões de euros do Citibank, Novo Bank, Banco da Inglaterra, North Capital Bank e outros.”

"O patrimônio da República Bolivariana da Venezuela foi afetado de maneira substancial, fechando as contas bancárias, retendo o dinheiro."

"Há uma ofensiva contra a Venezuela, ataca o Banco Central da Venezuela para que não possamos cumprir a importação de produtos para o bem-estar do povo."

"É uma luta pelo controle da riqueza, contra o modelo social da Revolução Bolivariana desenvolvido pelo Comandante Hugo Chávez com o Povo."

"A Venezuela não é uma ameaça para qualquer país vizinho e menos para os Estados Unidos, as sanções não são contra as autoridades, é contra o povo, contra a nossa economia."

"Nos declaramos em campanha para que o mundo conheça as consequências do bloqueio unilateral do governo dos Estados Unidos sobre a Venezuela, consequências que tiraram a vida de milhares de venezuelanos".