Centrais Sindicais definem apoio a mobilizações de 13 de agosto

Em defesa da aposentadoria, da educação e por empregos, o Fórum Nacional das Centrais Sindicais, que reúne a CUT e demais centrais sindicais – CGTB, CSB, CSP Conlutas, CTB, Força Sindical, Intersindical, Nova Central Sindical e UGT -, aprovou a participação no Dia Nacional de Mobilizações, Assembleias, Paralisações e Greves, em 13 de agosto.

Centrais sindicais

“Ao dizer ninguém passa fome no Brasil, Bolsonaro agride o bom-senso e menospreza a dor dos que sofrem”, reagiu o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Em mensagem postada no Twitter, o parlamentar disse que o Brasil que o presidente conhece se limita à Barra da Tijuca, bairro que abriga condomínios e centros comerciais de luxo na cidade do Rio de Janeiro onde mora a família Bolsonaro. Para Orlando Silva, o governante “ignora o país real, os dramas que afligem o povo”. “É um pavão de redes sociais, um charlatão”, ressaltou.

Segundo o deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), dizer que não há fome no Brasil é uma “crueldade” em um País “com cerca de 55 milhões de pobres e mais de 15 milhões vivendo abaixo da linha da extrema pobreza”. “Me pergunto até que ponto é falta de informação ou crueldade fazer afirmações como essas”, completou.

Para o vice-líder do PCdoB, deputado Márcio Jerry (MA), no Brasil real, “que o Jair Bolsonaro não enxerga, infelizmente tem fome sim”. “E fome que aumenta com o desmonte de políticas públicas de proteção e assistência social”, pontuou.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) diz que Bolsonaro ridiculariza mais de cinco milhões de brasileiros que passam fome.

“Para Bolsonaro, é tudo uma grande mentira. Só quem vive há mais de 30 anos na mamata, e criou os filhos nas mesmas tetas, pode ser tão indigno com a dor do povo e a realidade do país que governa”, criticou o senador.

“Até onde veremos tanta imbecilidade? Será que esse cidadão não se cansa de dizer besteiras e mostrar que não conhece nosso país?”, indignou-se o deputado André Figueiredo (CE), líder do PDT na Câmara.

A fala do presidente foi uma resposta a uma representante do jornal espanhol El País, em Brasília. A jornalista queria saber que trabalho o governo tem realizado para reduzir a pobreza no país. Em sua resposta, Bolsonaro criticou as bolsas usadas como mecanismo para distribuição de renda.

“Passa-se mal (no Brasil), não se come bem, aí eu concordo, agora passar fome, não. Você não vê gente, mesmo pobre, pelas ruas com o físico esquelético como se vê em outros países pelo mundo. Mas adotou-se no Brasil, a partir do governo Fernando Henrique (Cardoso) pra cá, do PSDB, e depois do PT, que distribuição de riqueza no Brasil é entregar bolsas. É o país das bolsas. E o que faz tirar o homem da miséria, ou a mulher, é o conhecimento. A educação aqui nos últimos 30 anos nunca esteve tão ruim”, declarou.