Estudantes realizam protestos em todo o país em defesa da Educação

Entidades estudantis como a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), realizam nesta terça-feira (13), a terceira mobilização do ano em defesa da Educação. As palavras de ordem são: contra o bloqueio de verbas na Educação, contra o projeto "Future-se" do governo Bolsonaro que representa a privatização do ensino e a reforma da Previdência.

Salvador-BA - Foto: Fernando Udo

Com criatividade e irreverência, o protesto conta com bloqueios de ruas, aulas-públicas nas ruas e praças, encenações teatrais, muitas faixas, cartazes e máscaras, além de paralisações em escolas públicas, universidades e técnicas. 

Até essa tarde, segundo as entidades, as manifestações ocorrem em aproximadamente 50 cidades de todas as unidades da Federação. Á tarde e no fim da noite devem ocorrer as maiores manifestações nos grandes centros urbanos, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Paraná.

Confira os atos nas cidades:  

Aula pública e ato em Sorocaba-SP. Fotos: @vinish3d

Em São Carlos-SP, na luta pela Educação começou bem cedo.

Em Salvador-BA: Tira a tesoura da mão e investe na educação! Fotos: Cuca da UNE

Em Gravatá-PE, professores se uniram aos estudantes no ato pela Educação e contra a reforma da Previdência.


 

Segmentos da Universidade Federal de Santa Maria-RS unidos em panfletagem no arco de entrada do campus contra os cortes da educação. Contra o "Future-se" que entrega universidades ao mercado. Foto: Wilson Júnior

Em Brasília-DF, professores, estudantes e servidores públicos se juntaram às mulheres indígenas no protesto que em Marcha lutam em defesa da preservação da Amazõnia e pela continuidade da política de demarcação de terra. 

A deputada federal (PCdoB-RJ), Jandira Feghali, líder da Minoria na Cãmara elogiou a luta dos estudantes contra o retrocesso imposto do governo Bolsonaro. Segundo ela, enquanto houver estudantes mobilizados, nas ruas, hà possibilidade de barrar o retrocesso. 

Foto: Richard Silva/ PCdoB na Câmara

Como PCdoB e como líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira levou sua solidariedade à manifestação. "Todo nosso apoio, toda nossa solidariedade ao movimento".

"Nós queremos cada vez mais liberdade, mais educação, mais ciência, mais Brasil forte. Cada vez mais nós vamos dizer o que queremos e o que nós somos. Esse Brasil profundo vai se levantar e nós não vamos aceitar o Brasil pequeno que eles querem que nós sejamos, não somos mais colônia, somos um Brasil com potencial maior", disse Jandira Feghali.

Paz sem palavra é medo

A liderança comunista concluiu dizendo chega de retrocesso. "Nós não temos medo, nós temos coragem. Chega Bolsonaro!". 

Confira o vídeo com a fala da parlamentar comunista:

Ainda em Brasília, representante do Movimento Negro, Iêda Leal expressa apoio à marcha das indígena no gramado do Congresso Nacional. (Foto: Richard Silva/ PCdoB na Câmara).
 


Com cerca de 10 mil pessoas, a manifestação começou cedo na Praça da República, em Belém do Pará. "Estamos aqui na Mobilização Nacional da Educação com ampla participação da juventude em defesa da educação pública, do emprego e contra essa reforma da previdência que acaba com a nossa aposentadoria", diz Cleber Rezende, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, seção do Pará (CTB-PA).

À tarde

Na Avenida Paulista, em São Paulo, a manifestação,  marcada para as 17 horas, começou no meio da tarde com a concentração no Masp. O presidente da UNE, Iago Montalvão e o presidente da Ubes, Pedro Gorki chegaram no fim da tarde para engrossar o coro dos estudantes. Em São Paulo, os estudantes prestam homenagem ao líder do movimento estudantil, morto pela ditadura Fernando Santa Cruz.


Fotos: Karla Boughoff /Cuca da UNE.


UNE nas ruas

Iago Montalvão, recentemente empossado presidente da UNE, fez uma declaração na concentração do protesto na Avenida Paulista e fez um balanço parcial da manifestação em todo o país. Segundo ele, já são mais de 100 mil manifestantes em mais de 50 cidades desde as primeiras horas do dia. "Hoje o dia começou bem", disse Iago. "Agora à tarde começam outros grandes atos".

O estudante da USP disse que o objetivo dos protestos é mostrar que os estudantes do país são contra as ações do governo de desmonte das universidades públicas e institutos federais e convocam todos a se manterem mobilizados. 

"Não vamos aceitar os cortes na Educação, os ataques à democracia brasileira, à ciência e ao meio ambiente que esse governo tem feito. Vamos continuar nas ruas enquanto as universidades não receberem de volta o seu dinheiro. As instituições podem parar o mês que vem, as bolsas estão sendo cortadas, a pesquisa está sendo paralisada, isso não pode acontecer com a nossa Educação e nem com o nosso país. A gente está na luta!, ressaltou o presidente da UNE.

Vejam as imagens da concentração no vão do Masp, tiradas às 15 horas:



Fotos: Maiakovski Pinheiro / UBES


No Rio de Janeiro, às 15h30 já está começando a concentração da Universidade Federal Fluminense em Niterói – RJ. | Vejam abaixo. | Fotos: Rebeca Belchior

Em Florianópolis-SC, a manifestação teve início no começo da noite. Imagem abaixo:


Foto: Eleonora Machado – @8mbrasilsc   

A manifestação em Curitiba-PR começou no fim da tarde de hoje.


Foto: Eduardo Matysiak/ CUCA da UNE

O ato na Candelária, no Rio de Janeiro começou no fim da tarde desta terça-feira (13);
Confira as imagens: 


Fotos: Pedro Rocha/ CUCA da UNE

São Paulo 

Na tradicional Avenida Paulista, em São Paulo, movimentos sociais se uniram aos estudantes os prostestos contra os cortes de verbas na Educação e contra a reforma da Previdência a partir das 17 horas desta terça. Mesmo com o tempo frio e chuvoso, os manifestantes se aglomeraram no vão do Masp e depois seguiram em passeata pela Consolação até a Praça da República, no centro da Capital Paulista. Confira algumas imagens:



Fotos; @kboughoff / CUCA da UNE