Parlamentares dão apoio à greve dos trabalhadores dos Correios
Mais de 100 mil trabalhadores dos Correios decidiram entrar em greve em todo o Brasil contra redução de salários e a privatização da empresa anunciada pelo governo Bolsonaro. Em assembleias na noite desta terça-feira, os funcionários também se posicionaram contra a direção da empresa, que decidiu não negociar acordo coletivo com a categoria.
Publicado 11/09/2019 10:45
“A direção da ECT e o governo querem reduzir radicalmente salários e benefícios para diminuir custos e privatizar os Correios. Entregar o setor postal a empresários loucos por lucro. Jogar no lixo o atendimento a todos os cidadãos, a segurança nacional envolvida nas operações, a integração nacional promovida pelos Correios!”, informou em nota a FindECT, fundação dos trabalhadores dos Correios.
A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), destacou a mobilização dos trabalhadores. “Mais de 100 mil trabalhadores entraram em greve por tempo indeterminado contra a redução de salários e a privatização da empresa. Trabalhadores unidos na defesa de seus direitos!”, escreveu no Twitter.
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) a greve da categoria é um reflexo do que pensa a maioria da população.
“Os trabalhadores entraram em greve por tempo indeterminado por melhores condições de trabalho e salários e contra a privatização da empresa, anunciada por Bolsonaro. 67% dos brasileiros são contra privatizações. Barraremos o entreguismo. Viva a luta!”, disse.
O líder do PT no Senado, senador Humberto Costa (PE), prestou solidariedade ao movimento: “O Brasil amanhece hoje com os companheiros dos Correios em greve. Eles pedem a reposição de perdas. O governo de Bolsonaro oferece demissões e venda da empresa, um patrimônio do Estado brasileiro. Nossa solidariedade a todas as trabalhadoras e a todos os trabalhadores!”, publicou na rede social.