Confiança em Trump, o herói de Bolsonaro, é de apenas 28% no Brasil

Apenas 28% dos brasileiros confiam no presidente dos Estados Unidos, segundo a Pew Research Center

Mesmo com a vergonhosa submissão do presidente Jair Bolsonaro à sua figura, Donald Trump é um dos líderes norte-americanos com menos prestígios no Brasil. É o que aponta um levantamento do Pew Research Center realizado em 32 países.

Conforme a sondagem, apenas 28% dos brasileiros confiam no “herói bolsonarista”. Parece pouco, mas está só um ponto porcentual abaixo da média dos 32 países pesquisados pelo Pew Research Center: 29%. Em contraste, 64% dos entrevistados em todos esses países disseram que não confiam em Trump. O levantamento foi realizado no ano passado, antes da atual crise com o Irã.

A pesquisa mostra que a desconfiança está associada, em parte, à discordância com posições adotadas pelo presidente: 68% dos ouvidos nos 32 países desaprovam o aumento de tarifas de importação; 66%, a saída dos EUA de acordos internacionais sobre mudança climática; e 60%, a construção do muro na fronteira com o México.

Por sinal, apenas 8% dos mexicanos confiam no presidente americano, enquanto 89% não confiam. É a menor confiança entre os 32 países. Do outro lado da América do Norte, 28% dos canadenses confiam em Trump. Na Argentina, a confiança é menor ainda do que no Brasil e no Canadá: 22%. Na França e na Espanha, o patamar é o mesmo: 20% e 21%, respectivamente. No Rússia também é 20%. No Reino Unido, a situação é um pouco melhor: 32%.

Dos 32 países, o saldo fica positivo para o presidente na Polônia (51%), Índia (56%), Nigéria (58%), Quênia (65%), Israel (71%) e Filipinas (77%). No Japão e na Coreia do Sul – cujos tratados de defesa com os EUA o presidente americano pôs em dúvida –, os índices de confiança são 36% e 46%, respectivamente.

De acordo com pesquisa do Pew de 2017, a confiança mundial no presidente americano caiu de 64% no fim do mandato de Barack Obama para 22% no início do governo Trump, enquanto a desconfiança subiu de 23% para 74%. No mesmo período, a imagem favorável dos Estados Unidos caiu de 64% para 49% e a desfavorável subiu de 26% para 39%.

Com informações do Estadão

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