Flávio Dino diz que economia é afetada pela confusão institucional

O governador do Maranhão diz que a crise no Enem e as filas no INSS e Bolsa Família são exemplos dessa confusão estabelecida no governo Bolsonaro.

(Reprodução)

Em referência às declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nas quais ele sugeriu que o comportamento dos ministros da Educação, Abraham Weintraub, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles, atrapalham os investimentos no país, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) considerou que de fato a “confusão institucional” estabelecida no governo Bolsonaro afeta a economia.

“Condições institucionais influenciam no comportamento da economia. Ou seja, não é correto degradar a vida institucional do país, transformando-a em uma interminável confusão. Sintomas aí estão: Enem em crise; filas do INSS e do Bolsa Família; recuos e indecisões em série”, diz o governador.

Num encontro com investidores, na quarta-feira (29), em São Paulo, o presidente da Câmara afirmou que 2020 corre o risco de “não ser um ano tão bom se a gente não resolver a questão do meio ambiente”.

“Eu não sei como é que o governo vai fazer com o seu ministro do Meio Ambiente. Eu acho que, de alguma forma, ele perdeu as condições de ser o interlocutor. Acho que ele radicalizou demais, não sei se combinado com o presidente ou não”, disse.

Sobre Abraham Weintraub, Maia afirmou: “Como que faz para o investidor olhar que o Brasil tem um ministro da Educação desse? Nosso país não tem futuro, né? Não tem futuro. Parece um passado ruim, porque conseguiu fazer de um cara desse o ministro da Educação.”

“Weintraub e Salles são retratos fiéis do governo Bolsonaro: incompetentes, infantis e destruidores de suas pastas. Essas características, que assombram até os incautos, os mantém em seus cargos. Até mesmo Rodrigo Maia afirmou que ambos perderam interlocução. Nunca a tiveram”, disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

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