Cristina Kirchner lança seu livro em Cuba

A vice-presidenta da Argentina apresentou em Cuba seu primeiro livro, intitulado “Atenciosamente”, e disse que estava orgulhosa com a obra.

Ela lançou o livro na 29ª Feira Internacional do Livro, realizada em Havana. É o primeiro lançamento fora da Argentina, onde, menos de um ano após sua publicação, tornou-se um best-seller.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e outras autoridades do governo da ilha, participaram da apresentação na sala Nicolás Guillén, do Forte San Carlos de La Cabaña.

Segundo Cristina, com sua primeira experiência de escritora a fez provar que os livros acabam se tornando independentes de quem os escreve.

Ela comentou que não tinha a intenção de escrever um livro autobiográfico, algo que fará mais tarde, mas queria contar o que aconteceu, não apenas para ela, mas para seu país e os argentinos após 9 de dezembro de 2015, o dia despediu-se do cargo de presidenta.

Durante o governo do presidente Mauricio Macri (2015-2019), Cristina e toda a sua família foram submetidos a perseguição política, midiática e judicial sem precedentes.

A critério desta mãe de dois filhos, a perseguição a opositores políticos adquiriu um componente da máfia.

Sua filha, Florencia Kirchner, viajou a Cuba em fevereiro de 2019 para fazer um curso intensivo para roteiristas da Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antonio de los Baños, e nem conseguiu iniciá-lo porque seu estado de saúde se deteriorou significativamente.

A jovem ainda está em Havana, recebendo tratamento médico, e Cristina a encontrou muito melhor nos dias de hoje, motivo pelo qual agradeceu ao governo e aos médicos de Cuba em público.

“A fama da medicina cubana e a humanidade dos médicos de Cuba valem muito a pena”, afirmou.

Em relação ao seu país, Cristina disse que acredita que deve ser feita uma revisão abrangente do esquema tarifário e avaliar como foram os aumentos aplicados desde janeiro de 2016.

Além disso, informou que uma recessão econômica castiga o país e considerou importante devolver às pessoas sua capacidade de consumo.

Segundo ela, o atual presidente, Alberto Fernández, tem um compromisso com a sociedade e o cumprirá.

Cristina lamentou a grande dívida pública que seu país contraiu durante o governo Macri com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Para pagar hoje, primeiro você precisa sair da recessão”, disse. E alertou que as soluções devem ser validadas perante a sociedade e o povo argentino merece saber como esse processo de endividamento se desenvolveu”, comentou.

As informações são da Prensa Latina