Caminhoneiros questionam política de preços da Petrobras

Categoria, que apoiou a eleição de Jair Bolsonaro, está insatisfeita

Em carta enviada a Jair Bolsonaro e aos 27 governadores brasileiros, a Associação Nacional de Transporte do Brasil Liberdade e Trabalho (ANTB), representante dos caminhoneiros autônomos, questiona o Preço de Paridade de Importação (PPI), praticado pela Petrobras nas refinarias desde 2016.

Com a aplicação do PPI, os preços para gasolina e diesel vendidos às distribuidoras têm como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos, mais os custos dos importadores, como transporte e taxas portuárias. Para a ANTB, esse sistema é “absurdo”.

“Não vamos encontrar em lugar nenhum do mundo capitalista uma política de preços similar a esta”, diz a carta, assinada pelo presidente da Associação, José Roberto Stringasci. Stringasci afirma que “este assunto precisa ser discutido com toda a sociedade, que é afetada em todos os setores por causa dos altos preços dos combustíveis. E se nós temos o petróleo e a Petrobras, não é possível mais aceitarmos essa cobrança inadequada na bomba”.

Apoiador de Jair Bolsonaro durante a campanha, o presidente da ANTB diz ainda que, com o uso do PPI, quem perde são os consumidores brasileiros, que têm que pagar preços mais altos do que deveriam, além da própria Petrobras, “que fica com as suas refinarias na ociosidade, perdendo mercado, emprego e renda para refinarias estrangeiras”.‌

Confira a íntegra do documento, divulgado na página do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-DF).

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