Membros da Lava-Jato terão que explicar à justiça homenagem ilegal

Procuradores da Lava Jato passaram para o banco dos réus: eles terão de explicar se têm alguma ligação com um outdoor instalado no ano passado na região metropolitana de Curitiba, e que homenageava os cinco anos da operação

Procuradores da Lava Jato passaram para o banco dos réus: eles terão de explicar se têm alguma ligação com um outdoor instalado no ano passado na região metropolitana de Curitiba, e que homenageava os cinco anos da operação.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, treze membros e ex-membros da força-tarefa de combate à corrupção tornaram-se réus de uma ação popular que busca esclarecer quem são os responsáveis pela placa comemorativa, instalada numa via de acesso ao aeroporto Afonso Pena em março de 2019, mês em que a Lava Jato completou cinco anos. Nela, há fotos de integrantes da operação e a frase: “Bem-vindo à República de Curitiba, terra da Lava Jato, a investigação que mudou o país”.

O professor de direito público da Universidade de Brasília Marcelo Neves é um dos autores da ação contra os procuradores da Lava Jato. Ele é representado pelo Caad (Coletivo de Advogadas e Advogados pela Democracia).

Segundo Neves, existem indícios de que o outdoor foi pago pelo procurador Diogo Castor, que deixou a Lava Jato dias após a instalação da placa – mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil indicam que Castor confessou aos então colegas ter pagado pelo outdoor. E essa suspeita ganhou força após o depoimento de um hacker à Polícia Federal.

Os procuradores — incluindo o coordenador da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol — foram citados pela Justiça Federal para se pronunciarem sobre a propaganda no final de janeiro. Até agora, nenhum deles se manifestou. Além dos integrantes e ex-integrantes da força-tarefa, a empresa Outdoormidia, que instalou a placa, também foi citada no processo.

Fonte: GGN

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