O que pretende o filho de Bolsonaro ao expor o cadáver do miliciano?
Tudo indica que está sendo gestada uma brutal ofensiva contra a esquerda.
Publicado 18/02/2020 19:54 | Editado 18/02/2020 21:27
Flávio Bolsonaro divulgou no twitter um vídeo inacreditável com a autópsia de Adriano, o miliciano assassinado na Bahia. Isso mesmo, vídeo do cadáver sendo revirado, no twitter.
Segundo o senador, sete costelas quebradas, coronhada na testa, queimado no peito por ferro e com dois tiros à queima roupa. Um dos zeros do presidente insinua que o miliciano foi torturado. Por quem? Pela polícia da Bahia. Dirigida por quem? Pelo PT para que ele confessasse crimes da família presidencial!
Oi? É isto mesmo. Estão tentando jogar um cadáver torturado no colo dos companheiros. Contra um assassino torturador – o PT – qualquer violência se justifica. Querem vestir esta roupa na esquerda.
Algumas perguntas:
Como Flávio Bolsonaro teve acesso a este vídeo?
O que fazia Eduardo Bolsonaro na Bahia no dia do assassinato?
Rui Costa tem controle sobre a tropa? É questão de vontade ou competência do governador? Claro que não!
Montaram uma arapuca para Rui e para o PT. O fato é gravíssimo. Tudo indica que está sendo gestada uma brutal ofensiva contra a esquerda. Não sejam ingênuos. Não é só contra o PT!
A greve dos petroleiros foi declarada ilegal. Foi autorizada a demissão dos grevistas, vergonhosamente cercados e isolados pela grande mídia. A direção está autorizada a demitir, demitir por justa causa petroleiros em greve!
As sombras estão avançando. Os fantasmas do Riocentro voltaram a assombrar o Brasil. Precisamos unir todos. Amplamente. A democracia está derretendo.
Tudo indica que a foto postada pelo miliciano é uma grosseira montagem. Sendo assim, pergunto: com que intenção o miliciano 01 divulgaria uma foto fajuta nas redes sociais? A minha resposta é que ele não sabia que a foto era falsa, ou seja, alguém (um membro da direção das milícias?) remeteu a foto falsa para o 01 confiando que ele procederia como procedeu. Seria necessário conhecer o peso da liderança do miliciano morto na Bahia para supor que alguns membros das milícias deixaram de apoiar Bolsonaro e passaram a trabalhar para derrubá-lo. Com toda certeza, passados 13 meses da posse de Bolsonaro, os negócios dos milicianos não foram beneficiados como eles esperavam, ao contrário, a morte de um de seus expoentes, o clamor nacional pelo fim das milícias, o movimento de conscientização desse enorme perigo que ameaça a democracia em nossa sociedade, movimento que tende a crescer cada vez mais, exigindo que essa organização paramilitar criminosa seja desbaratada, é o oposto do que os milicianos encomendaram a Bolsonaro, representado provavelmente vultosos prejuízos financeiros para essa organização criminosa cujo único objetivo é ganhar muito dinheiro. A turma do Bolsonaro pode até está cogitando dar um golpe defensivo, porque percebeu que, contra ela, se arma outra trama, que visa derrubá-lo, colocandodo em seu lugar um governo de generais sem o estigma das milícias. São dois golpes, portanto, que, a meu ver, podem estar em curso. Aquele que for mais conveniente aos interesses da plutocracia financeira será o efetivado. Para aqueles que somos de esquerda, nenhum dos dois resultados é positivo. Apostar todas as fichas nas eleições de 2022 é fazer o jogo da democracia de fachada em que vivemos, cumprindo o papel da tinta, o centro de gravidade das lutas da esquerda, organizando a partir dele, na prática, uma Frente Ampla e Democrática, deveria ser, nesse mimento histórico, o apoio ativo e contagiante à greve dos petroleiros, transformando-a num grande exemplo de luta para os trabalhadores e o povo brasileiros.
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bastante, muito obrigado.