Coronavírus: 58 brasileiros resgatados da China deixam quarentena

Os 34 repatriados e os 24 servidores militares e civis que participaram da “Operação Regresso à Pátria” embarcaram neste domingo (23) nas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) que os levaram aos seus estados de origem, após 14 dias de quarentena na Base Aérea de Anápolis. Os brasileiros foram resgatados em Wuhan, na China, epicentro dos casos de novo coronavírus (Covid-19) no país asiático.

O fim da quarentena foi possível depois do resultado negativo para coronavírus obtido após a terceira análise, colhida na sexta-feira e concluída neste sábado (22). Os exames foram realizados pelo Laboratório Central do Estado de Goiás e pela Fundação Oswaldo Cruz. Os brasileiros vindos de Wuhan estavam em confinamento desde o dia 9 de fevereiro.

Caleb Guerra, estudante de Literatura de 28 anos e um dos repatriados, disse que estava muito feliz e mandou um beijo para o pai. Durante o confinamento, ele escreveu ao Estadão relatos periódicos sobre a experiência na quarentena e a sua própria história de vida em Wuhan, onde estava havia nove anos. O mestrando em Recursos Humanos Alefy Rodrigues, 26 anos, também disse estar muito feliz de voltar para casa, lembrando que o País está no período de carnaval.

Duas aeronaves decolaram da Base Aérea de Anápolis com os repatriados. Uma delas fez o roteiro Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Uma segunda seguiu para Brasília. De lá, um outro voo da FAB foi para a Serra do Cachimbo, no Pará, com um passageiro. Outros dois passageiros que desembarcaram em Brasília seguiram em voos comerciais para o Rio Grande do Norte e Maranhão.

Antes de embarque em Anápolis, os repatriados participaram de um café da manhã de despedida e de uma cerimônia. Cada um deles recebeu uma declaração do Ministério da Saúde informando o estado de saúde livre do coronavírus – a doença que já matou mais de 2.300 pessoas na China. A quarentena a que foram submetidos é um protocolo internacional para evitar a disseminação do vírus no Brasil, onde, até o momento, não há registro de casos da doença.

Da Redação, com agências